O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (24) que o "travamento" do país é péssimo para a saúde.
Redação Publicado em 24/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h36
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (24) que o “travamento” do país é péssimo para a saúde.
Ele falou com jornalistas na saída do Palácio do Planalto, após participar, com o presidente Jair Bolsonaro, de reuniões sobre medidas de combate ao coronavírus com governadores das regiões Centro-Oeste e Sul.
Sem citar um nome específico, Mandetta disse que alguns governadores “passaram do ponto” nas medidas de isolamento e restrição das atividades econômicas. Em todo o país, governos estaduais baixaram ordens, como fechamento do comércio e de escolas, para conter o avanço do vírus.
“É natural, faz parte do quadro, que no início você tem algumas situações em que você erra, acerta e não é momento de apontar o dedo. [Dizer] Certo ou errado. É reconhecer rapidamente que algumas coisas funcionam em determinados momentos, como funciona, e como a gente pode adotar. Esse travamento absoluto do país, para a saúde, é péssimo”, afirmou o ministro.
Mandetta argumentou que pacientes de todas as áreas, não só aqueles infectados com coronavírus, continuarão precisando dos serviços médicos.
“Eu continuo precisando fazer pré-natal. Tem médico fechando consultório. Daqui a pouco eu estou lá cuidando de um vírus, e cadê meu pré-natal? Cadê o cara que estava fazendo quimioterapia? Cadê o pessoal que está precisando fazer o diagnóstico? Cadê as clinicas de ultrassonografia?”, completou Mandetta.
Para o ministro, medidas como “locaute”, em que há interrupção da maioria das atividades, devem ser tomadas com precaução.
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