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Secretário defende manutenção do isolamento para evitar medidas mais duras

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira , reforçou neste sábado que é preciso manter medidas de distanciamento social nas cidades mais

Secretário defende manutenção do isolamento para evitar medidas mais duras
Secretário defende manutenção do isolamento para evitar medidas mais duras

Redação Publicado em 12/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h09


Secretário defende manutenção do isolamento para evitar medidas mais duras no futuro

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira , reforçou neste sábado que é preciso manter medidas de distanciamento social nas cidades mais críticas, justamente para evitar ter que adotar ações mais duras futuramente, como o bloqueio total. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta tarde, o Brasil chegou a 20.727 casos registrados do novo  coronavírus (Sars-Cov-2), com 1.124 óbitos.

“O bloqueio total é uma medida muito amarga e esperamos não ter que adotar essa medida em nenhum local do Brasil. E para isso é fundamental que o distanciamento social não seja relaxado, especialmente em Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo”, disse Wanderson.

O secretário destacou que, no caso de São Paulo , o ideal é ter pelo menos 70% de isolamento . Assim, ainda não está no momento de relaxamento da medida na cidade. Por outro lado, afirmou que são os gestores locais que têm melhores condições de avaliar o momento de relaxar ou endurecer. Para isso, deu o exemplo do Distrito Federal.

“O Distrito Federal é exemplo de boa estratégia. Fizeram uma medida de restrição há duas semanas. Estão agora observando medidas, viram o comportamento social. Estão modulando esse padrão. Antes de ontem liberaram o setor bancário. Liberaram o setor bancário com orientações de higienização de mãos, distanciamento para o atendimento. Várias feiras, só entra por uma porta, sai por uma porta. Não tem o entra e sai, chocando as pessoas, o corpo de bombeiros medindo a temperatura. E com isso, o gestor local está fazendo uma análise. Ele pode endurecer: eu relaxei com banco e aumentou o número de casos. Ou não, deu certo, dá para migrar para bares e restaurantes. Mas essa decisão é uma decisão de gestor municipal, do gestor local, porque só ele tem condições de decidir o que é melhor para sua população”, disse Wanderson.

O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo do Reis, não quis comentar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro , que, na sexta-feira (10), mais uma vez passeou pelas ruas de Brasília, contrariando as orientações de distanciamento social.

O estado com maior incidência da doença é o Amazonas , com 250 casos por 1 milhão de habitantes. Em seguida aparecem: Amapá (224), Distrito Federal (190), São Paulo (182), Ceará (172) e Rio de Janeiro (150). São os locais que mais preocupam, por terem uma taxa de incidência mais de 50% acima da média nacional, que é de 98 casos para cada 1 milhão de pessoas.

A maior taxa de mortalidade também é no Amazonas: 13 óbitos por 1 milhão de habitantes. Em seguida vêm São Paulo (12), Rio de Janeiro (9), Pernambuco (7) e Ceará (7). São os únicos acima da média brasileira, que é de cinco mortes por 1 milhão de pessoas.

IG

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