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Procura por creche e serviços de babá para animais aumenta nas férias

Chegam as férias, você vai viajar e deixar a casa sozinha. Quem tem animal de estimação e não pode levá-lo, certamente se preocupa com a situação. Onde e com

Procura por creche e serviços de babá para animais aumenta nas férias
Procura por creche e serviços de babá para animais aumenta nas férias

Redação Publicado em 18/01/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h59


Chegam as férias, você vai viajar e deixar a casa sozinha. Quem tem animal de estimação e não pode levá-lo, certamente se preocupa com a situação. Onde e com quem deixar o bichinho? Os parentes, amigos ou vizinhos podem não estar disponíveis ou até mesmo não ter o preparo necessário para lidar com os animaizinhos.

Foi a partir dessa necessidade dos tutores que surgiram hotéis, creches e babás de animais, chamadas de pet sitter. É no período de festas e feriados, entre dezembro e fevereiro, que o setor fica mais aquecido.

Uma das pessoas que atua neste mercado em Sorocaba (SP) é a tecnóloga em eventos Ane Caroline Costa Oliveira, de 28 anos. Ela cuida de gatos e cães de pequeno porte na própria casa dos bichinhos para garantir dinheiro extra no mês.

“Não tinha com quem deixar meus dois gatinhos, com isso dependia de familiares e amigos, que nem sempre tinham experiência com felinos para tomar conta deles na minha ausência. Na época, não encontrei ninguém em Sorocaba que fizesse esse serviço e vi a oportunidade”, conta Ane.

Tecnóloga em eventos se especializou e atua como cat sitter em Sorocaba (Foto: Ane Caroline Costa Oliveira/Arquivo pessoal)

Tecnóloga em eventos se especializou e atua como cat sitter em Sorocaba (Foto: Ane Caroline Costa Oliveira/Arquivo pessoal)

No ano passado, resolveu apostar em um curso de “cat sitter” e, hoje, já faz em média 30 visitas por mês no período das férias. A publicitária Amanda Santos, de 26 anos, também investiu em uma especialização na área para oferecer o serviço na capital e em Sorocaba. Só em dezembro, foram 32 animais atendidos, segundo ela.

“Comecei cuidando de gatos de amigas quando viajavam, daí a rede de contatos começou a aumentar e me vi fazendo isso profissionalmente, então decidi apostar em cursos e especializações. Hoje, tenho capacidade de cuidar até de gatinhos em pós-operatório, que demandam cuidados maiores que, às vezes, os donos não têm disponibilidade”, explica Amanda.

Publicitária também investiu em especialização e atende gatinhos em Sorocaba e na capital (Foto: Amanda Santos/Arquivo pessoal)

Publicitária também investiu em especialização e atende gatinhos em Sorocaba e na capital (Foto: Amanda Santos/Arquivo pessoal)

As profissionais explicam que, antes de fechar o trabalho, há uma conversa com o tutor para descobrir sobre os hábitos dos bichinhos e outros detalhes, tudo para interferir o mínimo possível na rotinha do animal. É feita uma ficha com várias informações sobre os pets e seus donos.

“Ao final de cada visita mando um relatório sobre as atividades realizadas no dia com fotos e vídeos para os tutores matarem um pouquinho da saudade do animalzinho”, diz Ane.

As visitas – que podem custar de R$ 40 a R$ 75 – duram cerca de 1h e incluem todos os cuidados, como limpeza da caixinha de areia, comedouros e bebedouros, por exemplo.

“Também brinco com eles, respeitando o perfil de cada animal. Bastante amor e carinho amenizam bastante a ausência dos donos”, completa Amanda.

Creche animal

Aline Ribeiro recebeu 80 cães no centro de convivência animal, em Sorocaba, no Ano Novo (Foto: Aline Ribeiro/Arquivo pessoal)

Aline Ribeiro recebeu 80 cães no centro de convivência animal, em Sorocaba, no Ano Novo (Foto: Aline Ribeiro/Arquivo pessoal)

Embora a procura pelos cuidadores seja maior no período de férias, há tutores que precisam de um local para deixar o animalzinho semanalmente. Foi para atender esses peludinhos que Aline Ribeiro, de 25 anos, deixou o emprego de cinco anos para abrir um centro de convivência canina, que oferece os serviços de hospedagem e creche, em Sorocaba.

Ela conta que o espaço recebe diariamente, em média, de 20 a 30 cães. No período de festas, férias e feriados, o número pode chegar a 40. A creche, que funciona das 9h às 18h, tem valores a partir de R$ 150 e varia de acordo com a quantidade de dias na semana. Já o serviço de hospedagem tem o valor de R$ 50 a diária.

“No Ano Novo, chegamos a 80 cães divididos em dois endereços. Eles passam por atividades recreativas, de estímulo social, sensorial e cognitivo, com liberdade de escolha para circular por todas as dependências da chácara”, afirma Aline.

Dicas para contratar

São diversas as vantagens de se contratar um pet sitter ou hotel para animais, segundo os contratantes. Quem tem interesse pelo serviço, no entanto, deve ficar atento a alguns fatores para garantir a segurança do animal de estimação e ficar tranquilo:

  • Pegue referências da pessoa que irá prestar o serviço. Quando for o caso, visite o local onde ele ficará com antecedência. Ouça o que outros tutores têm a dizer sobre a pet sitter ou hotel;
  • Certifique-se de que o serviço é profissional. Há cursos que capacitam a pessoa que vai prestar o serviço de cuidados de animais e emitem diploma ou carteirinha;
  • Pergunte ao prestador do serviço quais os cursos ele já fez na área de saúde animal, como primeiros socorros;
  • Mantenha a carteirinha de vacinação do seu pet em dia, assim como vermífugo e os remédios anti-pulga e carrapato;
  • Quando o serviço for prestado fora de sua casa, use a plaquinha de identificação no animal.

“Contrato uma cat sitter sempre quando viajo. Optei por esse serviço, pois causa menos estresse à minha gata pelo fato dela permanecer em casa. Faz com que ela se sinta mais confortável e não tenha a sensação de abandono. Antes de escolher, procurei saber se a pessoa era de confiança e se trataria minha gata da forma e cuidado com que trato”, diz Mariana Oliveira, tutora da gata Eleonora.

Mariana Oliveira contrata uma cat sitter para cuidar da gata Eleonora sempre que viaja (Foto: Mariana Oliveira/Arquivo pessoal)

Mariana Oliveira contrata uma cat sitter para cuidar da gata Eleonora sempre que viaja (Foto: Mariana Oliveira/Arquivo pessoal)

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