Após Rodrigo Maia (DEM-RJ) fechar um acordo com o PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – para a eleição que definirá, em fevereiro, quem será o
Redação Publicado em 07/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 16h41
Após Rodrigo Maia (DEM-RJ) fechar um acordo com o PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – para a eleição que definirá, em fevereiro, quem será o presidente da Câmara nos próximos dois anos, partidos de centro e de esquerda articulam a formação de um bloco alternativo, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.
Nesta segunda-feira (7), o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), se reuniu, em Fortaleza, com os líderes do PP, Arthur Lira (AL), e do PDT, André Figueiredo (CE). No encontro, eles começaram a viabilizar o bloco, que também contaria com MDB e PTB.
O objetivo é viabilizar uma aliança que se aproxime do tamanho do bloco que está sendo costurado por Maia. O atual presidente da Câmara conta, atualmente, com o apoio de, pelo menos, seis partidos: PSL, DEM, PSD, PRB, PROS e PPS. Ao todo, essas legendas somam 161 parlamentares.
A decisão de Rodrigo Maia de conceder ao PSL o comando das comissões de Constituição e Justiça e de Finanças e Tributação desagradou partidos do “Centrão” – como MDB e PP –, que estavam de olho no controle das duas principais comissões temáticas da Casa. A decisão abriu uma dissidência entre os antigos apoiadores do presidente da Câmara.
“Já tem muita gente neste ônibus, não tem espaço para todo mundo na janela”, resumiu um parlamentar.
Atualmente, o MDB já tem, pelo menos, dois candidatos independentes prontos para se lançarem à disputa pelo comando da Câmara: Alceu Moreira, do Rio Grande do Sul, e Fábio Ramalho, de Minas Gerais. O PP também está disposto a lançar um deputado do partido para concorrer contra Maia.
A aliança com o PSL também dificultou uma aproximação entre Maia com a oposição. Apesar de uma parte do PT ainda defender o diálogo com o presidente da Câmara, outra vê o acordo como inviável diante da disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
A própria presidente do Partido dos Trabalhadores, a deputada eleita Gleisi Hoffman (PR), é uma das petistas que não vê mais a possibilidade de a sigla apoiar a candidatura de Maia.
Uma ala do partido enxerga na formação de um bloco com legendas de centro uma possibilidade mais real de garantir espaços para o PT na mesa diretora da Câmara do que, por exemplo, uma eventual aproximação com a candidatura de Marcelo Freixo, deputado federal eleito do PSOL.
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