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Nascente de águas limpas é preservada com ‘aquatória’ criada por moradores em Carapicuíba

A 'aquatória' é abastecida com água de nascente que ao invés de correr para a sarjeta segue em direção ao lago.

NASCENTE
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Redação Publicado em 05/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h34


A ‘aquatória’ é abastecida com água de nascente que ao invés de correr para a sarjeta segue em direção ao lago. O espaço atraí visitantes de outros bairros da região. Desmatamento aumenta 406% no estado de SP, em um ano.

Moradores da Cohab II, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, transformaram a área de um estacionamento em uma ‘aquatória’, uma espécie de rotatória com água limpa no meio que surge a partir de uma mina preservada.

Com a ajuda de um ambientalista que mora na região, os moradores colocaram no local uma série de plantas aquáticas. O espaço passou a atrair visitantes de outros bairros. Além das plantas, o local com água limpa tem até peixes.

A ‘aquatória’ é abastecida com água de nascente que ao invés de correr para a sarjeta segue em direção ao lago.

Segundo o Projeto Rios e Ruas que mapeia a situação dos rios da cidade, a capital tem 800 cursos de rios cobertos pela urbanização, são mais de 3 mil km. A maior parte dos córregos e nascentes da região Metropolitana acaba virando esgoto, depósito de lixo ou ocupação irregular.

Mini floresta

O último atlas divulgado pela organização S.O.S Mata Atlântica, aponta que o desmatamento no estado de São Paulo aumentou 406% em 2020 em relação ao ano de 2019.

Entre 2018 e 2019 foram desmatados 43 hectares de Mata Atlântica, entre 2019 e 2020 foram 218 hectares, ou seja, 406% a mais do que no período anterior.

Escadão criado pelos moradores — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Escadão criado pelos moradores — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Preocupados com o desmatamento, os moradores também recuperaram uma área barrenta da Cohab II e passaram a construir uma mini floresta da Mata Atlântica.

A trilha que leva em direção a mini floresta é cercada por mensagens sobre a importância da reciclagem, o cuidado com o local e com informativos sobre as plantas que existem no trajeto.

“Aqui era só matagal, tinha bastante lama e não tinha iluminação e os moradores tinham dificuldade em passar pelo local”, afirma Walace Lima, bombeiro civil.

O espaço foi transformando em um escadão cercado por uma horta. No fim do escadão, no alto de morro, os moradores plantaram mais de mil arvores nativas formando uma pequena que está em desenvolvimento criando um cinturão verde em torno da Cohab II.

Neste sábado (5) eles receberam mais 50 mudas da Prefeitura de espécies brasileiras para deixar a mata ainda mais densa.

“A comunidade e a sociedade ambiental vem entendendo cada vez mais a importância de preservar e manter, isso tem sido cada vez mais frequente nesse local”, diz Marcelo Costa da Silva Lincoln, educador ambiental e morador da Cohab II.

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Fontes: G1 – Globo.

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