À medida que o 200º aniversário da Independência do Brasil se aproxima, quando Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, proclamou “Independência ou Morte!”, vale
Redação Publicado em 12/08/2020, às 00h00 - Atualizado em 13/08/2020, às 14h51
À medida que o 200º aniversário da Independência do Brasil se aproxima, quando Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, proclamou “Independência ou Morte!”, vale a pena refletir sobre o futuro do Brasil nos próximos 30 anos, até mesmo para termos uma perspectiva quanto àquilo que se pode alcançar, se o País tomar a decisão coletiva de tornar-se uma potência global. Na China, existe um ditado que afirma: “odeio o ferro que não se transforma em aço”. Ele é usado para expressar frustração quando se observa um indivíduo que tem enorme potencial, porém não consegue evoluir. Seria esteo destino do Brasil?
O Brasildeveria ter ouvido o sábio conselho de Dom João VI em sua partida a Portugal quando sugeriu ao filho a não deixar o País cair na mão de aventureiros. Dom Pedro I e II ouviram o conselho. Depois deles, houve um esquecimento coletivo, o que resultou num país que ficou aquém de suas infinitas possibilidades. A despeito de uma desesperança coletiva, o futuro do Brasil ainda pode ser brilhante.
O mundo vive a melhor época da História da Humanidade (apesar dos acontecimentos atuais): o período mais pacífico, o menos desigual e com a maior abundância de recursos. Apesar dos desafios atuais, as perspectivas são excelentes. Como podemos, a partir dessa perspectiva positiva, transformar o Brasil para2050? A China, que tinha muito mais desafios do que o Brasil, em 40 anos, reverteu a narrativa de sua história e destino.
Aconfiguração mundial de poder mudará bastante nos próximos anos: ressurgirão impérios, haverá transições entre superpotências e vários conflitos – não de natureza bélica – mas travados nas áreascomercial, tecnológica e de inovação. Os países que tiverem rejuvenescido e buscado uma nova fase no seu desenvolvimento e narrativa como nação enfrentarão dificuldades iniciais, porém lograrão resultados positivos quanto às suas perspectivas de bem-estar econômico. A pujança e a vitalidade das economias do presente não serão necessariamente as prevalecentes nos próximos anos. OBrasil, como potência estável, vocação pacífica e com diversidade popular, muito progredirá se rejuvenescer e encontrar propósito como país e nação.
Em 2050, o Brasil deverá alcançar um PIB de mais deUS$ 10 trilhões. O potencial agrícola e ambiental do Brasil pode ampliar em muito a nossa relevância. Durante muitos anos, o Brasil foi considerado o celeiro do mundo. Ao invés de celeiro o Brasil se tornará o supermercado do mundo, ao potencializar a utilização de sua produção agrícola, agregando-lhe valor e transformando-a em produtos efetivamente comercializáveis, processados e industrializados no território brasileiro, de acordo com rigorosos padrões internacionais de qualidade. Parcerias de alcance tecnológico podem multiplicar imensamente a exuberânciae produtividadedo campo, inclusive adicionando maior tecnologia aos alimentos.
Na questão ambiental, o País deverá dar melhor utilização econômica à sua biodiversidade com preservação da floresta amazônica, queoferecerá o maior campo de possibilidades de novos remédios e alimentos, além do enorme potencial de água potável, um dos recursos mais valiosos e cada vez mais escasso.
O Brasil terá criado zonas econômicas ao longo de nossa costa nordestina para crescimento econômico e transformação e agregação de valor, como plataformas importantes de exportação aos grandes mercados consumidores – China, Índia, Estados Unidos e União Europeia.
A democracia brasileira estará consolidada e vibrante, com firme punição àqueles desrespeitam o sagrado voto que receberam, por corrupção, negligência ou imperícia na forma de representar os interesses coletivos. O Judiciário deixará o ativismo e o Poder Legislativo efetivamente cumprirá o seu papel de fazer as leis. OPoder Judiciário, que constitui a última esperança do cidadão nas instituições do Estado, não beneficiará somente alguns, mas dará orgulho aos brasileiros por sua eficiência e justiça. Em todos os níveis de poder, a meritocracia será a única forma de evolução e avaliação no serviço público.
Teremos universidades de ponta, liderando o avanço tecnológico, em razão dos incentivos governamentais oferecidos a qualquer instituição – pública ou privada – que faça uma parte de seu desenvolvimento e pesquisa no território nacional. Não haverá impostos para informática. Com isto, crescerá o número de empresas multinacionais brasileiras, com uma redução na taxa de desemprego, em razão de uma especialização maior de nossa mão-de-obra. A riqueza do País incrementará o fluxo migratório de outros povos ao Brasil em busca de oportunidades.
Sim, o futuro do Brasil é brilhante. O futuro que almejamos está em nossas mãos. É hora de rejuvenescermos e virarmos aço!
Marcus Vinicius de Freitas, Professor de Direito e Relações Internacionais, na Universidade de Relações Exteriores da China
Twitter/Instagram: @mvfreitasbr
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