Marcus Vinicius de Freitas
Redação Publicado em 30/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h43
Marcus Vinicius de Freitas
Há alguns anos, quando ainda jovem em Santos, tive o prazer de conviver com Nívio Varella Alcover, um grande líder religioso, profissional competente e exímio cozinheiro, que, com humor, ensinava aos jovens o princípio da industriosidade e do trabalho com um velho provérbio português: “Na casa do bom homem quem não trabalha não come!” Mais tarde, ao estudar o Direito Romano, uma frase de Sêneca, relembrou-me o mesmo princípio: “O trabalho é o alimento das almas nobres.”
À medida que nos aproximamos do novo ano de 2021, há muito que fazer para recuperar-se o ano perdido de 2020. Em todas as partes, apesar das lições ensinadas em um ano desafiador, vímos que 2020 teve um impacto negativo globalmente. Desemprego elevado, aumento na desigualdade social e um ano perdido nas atividades escolares, apesar dos enormes esforços do ensino à distância. A verdade é que, a despeito das lições que pudermos depreender de 2020, todos nós terminamos o ano mais pobres do que começamos. É verdade que alguns ganharam bastante, mas a maioria perdeu.
E o que fazer, então? A resposta é só uma: trabalho, intenso, contínuo e incessante. Porque o mundo em 2021 será muito diferente do passado. A pandemia da COVID-19, embora muitos queiram vê-la para trás, ainda continuará atormentando o mundo por um bom tempo. Seu impacto global pode assemelhar-se a uma grande guerra mundial, cujo impacto se sentirá por anos a fio.
O importante é a retomada das atividades para o crescimento econômico, com o desenvolvimento de novas tecnologias que se tornem negócios lucrativos e que contribuam à melhoria na qualidade de vida. A necessidade de acelerar o crescimento industrial e econômico requererá um aumento na atividade econômica, no consumo e novos desenvolvimentos culturais e de estilo de vida. Para tanto, será necessário investir, buscar metas ousadas de crescimento e estabelecerem-se novos objetivos para incremento da renda per capita brasileira, estagnada já há muito tempo. O Brasil precisa rejuvenescer e reinventar-se para alcançar novos patamares e alçar maiores voos.
O que fará o mundo sair da crise será um espírito inovador, de quebra de paradigmas e de busca de modernização. A prosperidade econômica somente advirá de um aumento da prosperidade coletiva, com a recuperação da devastadora COVID-19. Para tanto, será necessária uma ampliação no crescimento em setores como construção, bens de serviço e aumento no suprimento energético. Num país em que muitos querem ganhar com o mínimo esforço, será essencial recuperar o conceito da produção em massa e o ganho de escala, a fim de que, com preços e inflação mais baixos, o consumo possa crescer significativamente. É essencial retomar a competitividade da indústria e acentuar a produtividade no campo.
O governo precisa desenvolver um novo “Sonho Brasileiro”, em que se busquem objetivos concretos como o aumento da renda per capita, capacidade militar para sermos respeitados globalmente, uma Política Externa altiva e a resolução de muitas das pendências de bem-estar social que o País ainda apresenta. O Brasil deveria aplicar o princípio da seleção natural aos seus governantes: se a atuação for ruim, ostracismo. Se for boa, reeleição. Este critério poderá, sem dúvida, estimular um salto qualitativo no sistema. Por isso, é importante que o sistema político brasileiro seja aperfeiçoado, com voto distrital puro, limite no número de mandatos e a possibilidade de só uma reeleição. O rejuvenescimento do Brasil, com o aumento substancial de sua renda per capita, deve ser o sonho de toda a nação e de cada indivíduo. Afinal, quando o País vai bem, assim também vão os seus cidadãos. Logo, comemoraremos 200 anos de existência independente. Que possamos sentir orgulho do legado que estamos construindo para futuras gerações.
É preciso, portanto, fazer a lição de casa e abandonar aquilo que nos tem condenado a uma situação perene de caminharmos lateralmente e não para frente. Menos politicagem, mais trabalho, esforço e dedicação. Não há almoço gratuito. Se quisermos alcançar resultados positivos, é preciso muito trabalho. Afinal, na casa do bom homem, quem não trabalha, não come. Que o ano de 2021 nos traga a todos a realização de nossos maiores sonhos e objetivos de vida.
Marcus Vinicius de Freitas, Advogado e Professor Visitante, Universidade de Relações Exteriores da China
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