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Justiça bloqueia bens de 12 pessoas envolvidas na ‘Máfia do Asfalto’

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 12 pessoas e oito empresas que estariam envolvidas em licitações fraudulentas em Auriflama (SP) entre 2007

Justiça bloqueia bens de 12 pessoas envolvidas na ‘Máfia do Asfalto’
Justiça bloqueia bens de 12 pessoas envolvidas na ‘Máfia do Asfalto’

Redação Publicado em 03/03/2017, às 00h00 - Atualizado às 01h24


Além das pessoas, oito empresas também tiveram bens bloqueados.
Suspeitos são alvos após a deflagração da Operação Fratelli, em Auriflama.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 12 pessoas e oito empresas que estariam envolvidas em licitações fraudulentas em Auriflama (SP) entre 2007 e 2012. Os réus, segundo o Ministério Público Federal de Jales (SP), integravam a chamada Máfia do Asfalto, que agia em dezenas de municípios do noroeste paulista e foi alvo da Operação Fratelli.

De acordo com o MPF, entre os participantes do esquema estão o ex-prefeito da cidade José Jacinto Alves Filho, conhecido como Zé Prego, e empresários do grupo Scamatti, que coordenavam as fraudes. O ex-prefeito disse que ainda não foi notificado.

A decisão liminar é resultado de uma ação civil pública que o Ministério Público Federal em Jales ajuizou em agosto. O bloqueio de bens alcança o valor de R$ 1,29 milhão para cada uma das 12 pessoas que respondem ao processo. Já o congelamento de ativos das empresas envolvidas chega ao total de R$ 1,69 milhão.

Segundo o Ministério Público, os réus fraudaram sete procedimentos licitatórios em Auriflama durante as duas gestões de Zé Prego, todos financiados com recursos dos Ministérios das Cidades e do Turismo.  O esquema beneficiou três empresas do grupo Scamatti.  Um dos advogados do grupo Scamatti disse que não tem conhecimento da decisão e que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Máfia do Asfalto
A Operação Fratelli trouxe à tona o funcionamento da chamada “Máfia do Asfalto”, deflagrada em abril de 2013. Empresas pertencentes a um mesmo grupo empresarial – do empreiteiro Olívio Scamatti, apontado como o chefe do esquema – simulavam licitações para garantir contratos de recapeamento e pavimentação.

As verbas eram provenientes dos Ministérios do Turismo e das Cidades, direcionadas a cerca de 80 município do Noroeste do Estado de São Paulo por meio de emendas parlamentares.

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