O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas,
Redação Publicado em 07/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h59
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, mostra que permanece negativa a percepção sobre o mercado de trabalho no país.
Apesar do aumento de 7,2 pontos em setembro, para 82,0 pontos, o quinto mês seguido de alta, houve uma desaceleração no indicador a partir de julho. Segundo a FGV, em médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou 8,4 pontos, indo para 74,3 pontos.
Rodolpho Tobler, economista da FGV/Ibre, explica que a alta de setembro aproxima o IAEmp dos níveis pré-pandemia, que não estavam muito elevados, de acordo com a série histórica. O pico de alta do indicador foi março de 2018, ficando acima de 105 pontos. Em março de 2020 houve uma queda brusca, para menos de 45.
“Para os próximos meses, ainda é possível enxergar fatores que podem adicionar riscos à sustentabilidade da retomada, como a elevada incerteza e o fim dos programas governamentais de apoio nesse período da pandemia”, observou.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) se manteve estável em setembro, em 96,4 pontos. Segundo o Ibre/FGV, o ICD tem um sinal semelhante ao da taxa de desemprego, com um número menor indicando um melhor resultado.
Em médias móveis trimestrais, o ICD apresentou recuo de 0,3 ponto, para 96,7 pontos. O indicador se mantém nesse patamar, com pouca variação, desde setembro de 2015. Até março de 2014, o ICD estava em patamares na faixa de 65 pontos.
Tobler afirma, ainda, que o resultado do mês indica a percepção negativa. “O resultado de setembro ainda mostra que há uma percepção negativa sobre o mercado de trabalho. Apesar da tímida redução na margem, o alto patamar indica que há um longo caminho de recuperação”, afirmou.
Todos os sete componentes do IAEmp seguem em alta, como nas duas análises anteriores, mas com ritmo mais lento. O destaque do mês foi o indicador da Indústria de Tendência de Negócios, que subiu 16,2 pontos, para 117,4 pontos.
Todos os indicadores cresceram menos em relação ao mês anterior, exceto os indicadores do Consumidor de Emprego Futuro e de Serviços de Emprego Previsto.
Com relação ao ICD, a queda ocorreu apenas para famílias de renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. O indicador de Emprego Local atual para esta faixa subiu 1,9 ponto na margem.
O IAEmp combina séries de dados extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, com o objetivo de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. O ICD utiliza dados desagregados em quatro classes de renda familiar da Sondagem do Consumidor, para captar a percepção a respeito da situação presente do mercado de trabalho.
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Agência Brasil
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