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Homem que fingia ser sobrinho do governador Geraldo Alckmin é preso por estelionato em SP

Um homem que fingia ser sobrinho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e dizia ser secretário de Negócios de São Paulo foi preso na terça-feira (26) por

Homem que fingia ser sobrinho do governador Geraldo Alckmin é preso por estelionato em SP
Homem que fingia ser sobrinho do governador Geraldo Alckmin é preso por estelionato em SP

Redação Publicado em 27/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h09


Um homem que fingia ser sobrinho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e dizia ser secretário de Negócios de São Paulo foi preso na terça-feira (26) por suspeita de estelionato. Segundo o Bom Dia Brasil, Janderson Beker, de 41 anos, aplicou o golpe do falso emprego em 170 motoristas de aplicativos de celular.

Segundo a investigação, Janderson cobrou R$ 280 de cada pessoa com a falsa promessa de conseguir trabalho para elas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O dinheiro seria uma taxa de inscrição para garantir vaga de emprego de motorista em diversas instituições públicas. Mas isso era mentira.

De acordo com a polícia, o estelionatário enviava mensagens via WhatsApp e até marcava encontros no próprio Palácio para convencer os interessados.

“Ele foi duas ou três vezes com nós lá no Palácio do Governo. A primeira vez que nós fomos ele entrou, a pessoa que tava lá no Palácio do Governo, o policial, ele bateu continência pra ele, falou até ‘Janderson… subindo Geraldo Alckmin’. Ainda falou assim pra ele.”, disse o motorista JEAN Silva Ferreira, uma das vítimas. “A gente ia colocando credibilidade nele, né?”

A lanchonete onde Janderson se encontrava com os motoristas dentro do Palácio é aberta ao público. Não é preciso trabalhar no governo para entrar nela. Para a investigação, o estelionatário se valeu desse procedimento, que era desconhecido das vítimas, para impressioná-las e fingir que pertencia ao governo.

Alguns motoristas chegaram até a realizar exames médicos admissionais em uma clínica no Tatuapé, Zona Leste, que será investigada. Além de pagar a taxa, eles deveriam indicar outros colegas.

“Não sei se ele tem algum contato na clínica, porque como que uma pessoa consegue entrar na clínica e falar assim “vai vir tantas pessoas fazer exame aqui”? Foi várias pessoas, né?”, disse o motorista Antônio José da Silva, uma das vítimas.

O Bom Dia São Paulo teve acesso a uma das gravações enviadas por Janderson a um dos pretendentes. Ouça o áudio no vídeo acima e veja abaixo a transcrição do que o homem dizia:

“Galera, eu preciso das cinco pessoas que estavam faltando e as quatro de stand by, por favor. (…) Tá faltando esse número de contingente pra que eu possa dar andamento à documentação junto ao Diário Oficial. O não cumprimento dessas ordens, eu não vou conseguir dar entrada. Sendo assim eu preciso que providencie isso até amanhã pela manhã”, disse Janderson pelo aplicativo de mensagens pelo celular

A reportagem procurou a clínica, mas ela não retornou o contato. O governo paulista, que teve o nome usado indevidamente pelo golpista, informou que está se inteirando do assunto.

Como Janderson não estava cumprindo a promessa de conseguir emprego para os motoristas dentro do prazo estipulado, eles procuraram à polícia para denunciar o golpista.

“Decepcionado que uma pessoa faz isso não só com a gente, mas com a família né. Porque isso não mexeu só com nós, homens, mexe com a família inteira”, disse outra vítima, o motorista Anderson de Souza Mello.

“Prometeram um emprego, né? Que a gente ia ser motorista, né, motorista parlamentar, e que a gente ia ter um salário razoável, bom, né, pros dias de hoje, pela situação que nós vivemos, né? Desempregado e trabalhando no Uber, a situação nossa era muito difícil”, disse o motorista Eduardo Ferreira Cordeiro, que também caiu no golpe.

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