O ex-enfermeiro alemão Niels Högel admitiu 100 assassinatos de pacientes na abertura de seu julgamento nesta terça-feira (30), em um caso sem precedentes no
Redação Publicado em 30/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h30
O ex-enfermeiro alemão Niels Högel admitiu 100 assassinatos de pacientes na abertura de seu julgamento nesta terça-feira (30), em um caso sem precedentes no país desde a Segunda Guerra Mundial.
O acusado, de 41 anos, escutou, de cabeça baixa e sem esboçar expressão, os nomes das 100 pessoas que ele matou, entre 2000 e 2005, lidos pela promotora Daniela Schiereck-Bohlmann.
Após um minuto de silêncio em memória das vítimas e da leitura da ata de acusação, o tribunal perguntou a Högel se as acusações contra ele estavam corretas. “Sim”, ele respondeu em voz baixa. Surpresas, as pessoas presentes receberam essas confissões em silêncio.
Durante cinco anos, primeiro no Hospital de Oldenbourg e depois no município vizinho de Delmenhorst, Niels Högel injetou intencionalmente drogas em pacientes para causar parada cardíaca antes de tentar reanimá-los, na maioria das vezes sem sucesso.
Seus motivos: desejo de brilhar na frente de seus colegas, mostrando suas habilidades de ressuscitação, e “tédio”, de acordo com a Promotoria.
Ele escolhia arbitrariamente suas vítimas, com entre 34 e 96 anos.
O exame psiquiátrico ao qual foi submetido revelou distúrbios narcísicos e um pânico da morte.
Högel já cumpre uma pena de prisão perpétua há quase seis anos por seis crimes semelhantes. Até agora, ele nunca expressou verdadeiro remorso. E de acordo com colegas da prisão, ele se gaba de ser o maior criminoso desde a última guerra.
O atual julgamento diz respeito à 64 assassinatos em Delmenhorst e à 36 em Oldenbourg. Mas Niels Högel esconderia outros segredos. De fato, os investigadores avaliam o número real de vítimas em mais de 200, o que é impossível provar porque muitas vítimas foram cremadas.
Todos os familiares querem que a justiça seja feita para encerrar o luto, mas também para entender como o enfermeiro foi capaz de cometer tais crimes entre 2000 e 2005 nos hospitais onde trabalhou sem que seus empregadores, a polícia ou a justiça reagissem.
“Todos os elementos estavam lá. Não era preciso ser um Sherlock Holmes” para perceber que um assassino estava agindo, reclamou à AFP o neto de uma vítima, Christian Marbach.
Quando questionado pelo tribunal, Niels Högel começou a falar sobre sua vida e personalidade, explicando que se drogava com analgésicos para lidar com a pressão de uma unidade de terapia intensiva.
“Foi o estresse. Com as drogas, parecia mais fácil”, disse o acusado, acrescentando que deveria ter percebido que “este trabalho não era para ele”.
Leia também
Suposto vídeo de Mel Maia fazendo sexo com traficante cai na rede e atriz se manifesta
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Descubra porque filha de Elon Musk quer cortar laços com o bilionário
Depois de pedir ajuda do Brasil para reconstrução do RS, prefeito de Porto Alegre "torra" R$ 43 milhões, sem licitação; mais que o dobro do contrato anterior
VÍDEO vazado mostra padre transando com outro homem; assista
Lula planeja reforma ministerial para diversificar apoio político
Trens da linha 9-Esmeralda operam com intervalos gigantes e causam revolta
Agronegócio representa 42,2% das Exportações na Balança Comercial Paulista em 2024
PUBLICIDADE LEGAL - 23/07/2024
Banco Central informa nova data para lançamento do Pix Automático