O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou nesta quarta-feira (2) que defendeu em reunião com o presidente Jair Bolsonaro a assinatura
Redação Publicado em 02/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 11h19
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou nesta quarta-feira (2) que defendeu em reunião com o presidente Jair Bolsonaro a assinatura do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
Sousa está em visita ao Brasil, onde acompanhou na terça (1º) a posse de Bolsonaro como presidente da República. Na manhã desta quarta, os dois se reuniram no Palácio do Planalto.
Após o encontro, o líder português afirmou que seu país faz “o que pode” para facilitar o acordo entre os dois blocos econômicos – o Mercosul é composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
“Também se falou da relação União Europeia Mercosul e da importância de fechar esse acordo, que tem sido complexo, mas Portugal está permanentemente fazendo o que pode para fechar esse acordo, é muito importante para as duas partes”, disse Sousa a jornalistas.
O Mercosul tenta há quase duas décadas selar um tratado de livre-comércio com países da União Europeia. Neste período, as conversas entre os blocos avançaram, recuaram, foram suspensas e retomadas.
O sucesso das negociações foi defendido ao longo do mandato do agora ex-presidente Michel Temer. O presidente português tem a mesma posição.
Sousa foi questionado por jornalistas sobre a posição de Bolsonaro em relação ao acordo, já que o novo presidente costuma citar a preferência por acordos bilaterais (entre dois países).
O presidente de Portugal citou que a “posição” de seu país leva em conta o “pragmatismo” nas relações exteriores.
“O pragmatismo obriga a que se tenha presente o que é útil, a ver além das relações bilaterais, também instrumentos de acordo multilaterais que, mesmo sem conteúdo ideológico, sem anteparo doutrinário, possam facilitar as exportações, o comercio, a circulação econômica e financeira”, argumentou.
Sousa afirmou que a reunião foi “formalmente” e “substancialmente” muito boa. A situação das comunidades brasileira em Portugal e portuguesa no Brasil foi discutida. Ele destacou que “teoricamente” há 100 mil brasileiros no país europeu, porém na prática o número é maior.
Segundo o líder estrangeiro, as chancelarias dos dois países ficaram de acertar uma data, entre o final de 2019 e o início de 2020, uma visita de Bolsonaro a Portugal.
Bolsonaro teve nesta quarta-feira as primeiras audiências com lideranças de governos estrangeiros depois que assumiu a Presidência da República. Antes, ele participou da cerimônia de transmissão de cargo de quatro ministros.
A primeira audiência de Bolsonaro foi com o secretário de Estados dos EUA, Mike Pompeo. O novo chanceler, Ernesto Araújo, e os ministros Augusto Heleno (GSI) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa) também participaram da reunião.
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