Parentes e amigos estão velando em Bilac (SP), nesta quarta-feira (11), o corpo da analista de sistemas Polyana Abrahão, de 47 anos, que morreu atingida por
Redação Publicado em 12/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h16
Parentes e amigos estão velando em Bilac (SP), nesta quarta-feira (11), o corpo da analista de sistemas Polyana Abrahão, de 47 anos, que morreu atingida por galhos de árvore durante peregrinação até o Santuário Nacional de Aparecida nesta terça-feira (10). O enterro está previsto para quinta-feira (12).
Polyana fazia sozinha e pela primeira vez o trajeto da Rota da Luz, um dos roteiros utilizados por peregrinos para chegar até a cidade do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, muito celebrado em 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil.
No percurso ela foi atingida por galhos durante uma chuva na tarde de terça-feira (10), em Pindamonhangaba (SP).
“Para nós foi um choque muito grande. Foi muito difícil para gente aceitar isso”, disse a amiga da família Terezinha de Jesus durante o velório de Polyana.
De acordo com a prefeitura de Pindamonhangaba, a romeira foi socorrida pelo Samu, mas chegou sem vida no pronto-socorro da cidade.
A filha Carolina Abrahão conta que a mãe fez a promessa à Nossa Senhora Aparecida no começo do ano para curar as crises de rinite, que associadas com a alergia que ela tinha, causavam muita falta de ar.
“Ela não conseguia levantar quando tinha essas crises, ela ia para o hospital e ficou internada muitas vezes. A partir de julho ela melhorou e parou de ter essas crises, por isso decidiu ir a pé para lá para cumprir a promessa e agradecer”, contou.
Além de Carolina, Polyana deixa outros dois filhos. “Ela estava fazendo o caminho da luz diretamente para a luz de Nossa Senhora Aparecida, que a levou para perto dela e de Deus’, afirmou a filha.
De acordo com a prima Silmara Baraldi, Polyana havia se preparado para fazer o trajeto depois que foi internada com crises de falta de ar e se recuperou.
“Ela recebeu essa graça e estudou muito o roteiro, como por exemplo quantos quilômetros iria andar por dia. No trajeto ela foi adotada por um grupo, porque ela estava sozinha”, diz Silmara.
O irmão da vítima, Etienne Abraão, afirma que ela estava feliz fazendo o trajeto e que todo lugar por onde passava era bem recebida pelos moradores da região.
“Foi muito triste essa notícia. Minha irmã era trabalhadora, honesta, sempre cumpria obrigações. Estava no trajeto para cumprir uma promessa”, diz.
Durante o trajeto, a romeira chegou a participar de uma reportagem da TV Globo, que acompanhava os romeiros que participavam da peregrinação.
A prima lembra com carinho da romeira. “Não me lembro da Polyana brigar com alguém, ficar sem conversar ou erguer a voz. Ela era um ser de luz, muito especial”, conclui.
A Rota da Luz é um trajeto entre Mogi das Cruzes e Aparecida, que soma 201 quilômetros.
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