A diarista Lenice Mariano Pereira foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado, após 11 horas de julgamento, realizado na terça-feira (29), em
Redação Publicado em 30/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 15h07
A diarista Lenice Mariano Pereira foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado, após 11 horas de julgamento, realizado na terça-feira (29), em Maringá, no norte do Paraná. Ela foi acusada de efetuar os disparos que mataram o fazendeiro português Garcia Pereira Marques, de 61 anos, em abril de 2016.
O advogado de Lenice, Aristóteles Rondon Gomes Pereira, informou que vai recorrer da decisão. Conforme a defesa, ela foi absolvida dos crimes de ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.
Israel Batista de Moura, assistente de acusação, considerou a sentença um bom resultado.
De acordo com as investigações, o crime foi planejado pelo genro da vítima a mando do irmão do português assassinado, devido a uma disputa de herança. Lenice, trabalhava como diarista na casa do fazendeiro.
À época, o crime foi comunicado à polícia como uma tentativa de assalto que terminou com a morte de Marques. Mas a apuração mostrou que tudo foi planejado.
Todos os acusados de envolvimento na morte do fazendeiro estão presos, incluindo uma amiga da diarista que, segundo a investigação, dirigia o carro usado no crime e ajudou Lenice a fugir.
A motorista será julgada pelo júri popular em 13 de setembro deste ano, segundo Moura. Ainda de acordo com o assistente de acusação, não há data para o julgamento dos outros dois réus, que aguardam recurso do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
O crime ocorreu na Avenida Mandacaru, próximo ao Jardim Monte Rei, em abril do ano passado.
Segundo a Polícia Civil, o genro teria chamado o sogro para ir a uma farmácia e, no caminho, teriam sido abordados pelas mulheres que se passaram por assaltantes. A vítima foi levada para uma estrada rural onde foi assassinada.
Imagens cedidas pela polícia mostram o carro onde estariam a vítima e o genro dele, e logo atrás, em outro veículo, estariam a diarista e a amiga dela.
Para a Polícia Civil, as imagens deixam claro que não houve perseguição, como teria alegado o genro do empresário ao informar que haviam sido vítimas de uma tentativa de assalto.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a esclarecer o crime (Foto: Reprodução/RPC)
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