A degradação pela atividade humana e as mudanças climáticas são responsáveis por transformar dez das florestas mais protegidas do mundo em emissoras de
Redação Publicado em 29/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 20h55
A degradação pela atividade humana e as mudanças climáticas são responsáveis por transformar dez das florestas mais protegidas do mundo em emissoras de carbono. A informação faz parte de relatório divulgado nesta sexta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O documento aponta que, ao invés de auxiliar no combate ao aquecimento global, há ecossistemas que se tornaram fontes de emissão de carbono. Segundo o estudo, dez florestas protegidas emitiram mais carbono do que absorveram nos últimos 20 anos.
De acordo com as descobertas da Unesco, a ação humana é a principal causa. Em alguns locais, o desmatamento para a agricultura fez com que as emissões de CO2 fossem maiores do que a absorção.
A crescente escala dos incêndios florestais, muitas vezes associados a severos períodos de seca, também foi um fator predominante em vários casos. Outros fenômenos climáticos extremos, como furacões, contribuíram em certos locais.
1. Patrimônio da Floresta Tropical de Sumatra, Indonésia
2. Reserva da Biosfera do Rio Plátano, Honduras
3. Parque Nacional de Yosemite, Estados Unidos
4. Parque Internacional da Paz Waterton-Glacier, Canadá e Estados Unidos
5. Montanhas Barberton Makhonjwa, África do Sul
6. Parque Kinabalu, Malásia
7. Bacia de Uvs Nuur, Rússia e Mongólia
8. Parque Nacional do Grand Canyon, Estados Unidos
9. Área de Grandes Montanhas Azuis, Austrália
10. Parque Nacional Morne Trois Pitons, Dominica
O levantamento mostrou ainda que a rede de 257 florestas do Patrimônio Mundial da Unesco em todo o mundo removeu, ao todo, 190 milhões de toneladas de carbono da atmosfera todos os anos. O número representa aproximadamente a metade do carbono emitido apenas pelo Reino Unido no mesmo período. Esse conjunto de florestas ocupam uma área de 69 milhões de hectares, ou duas vezes o tamanho da Alemanha.
Na América Latina, a agência chama a atenção para importantes perdas na região do Chaco na Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. O estudo alerta para a pior seca em mais de 50 anos no local, que está colocando a subsistência e a vida de milhões em risco. Este ano, o Rio Paraná, segundo maior da América do Sul secou, de acordo com a Unesco.
A perda de florestas também é um fator que contribui para a liberação de dióxido de carbono. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), na América Latina, entre 2000 e 2016, quase 55 milhões de hectares de floresta foram destruídos. Parte dessa perda ocorreu por causa de incêndios descontrolados. Esse número representa 91% da perda total de florestas do mundo.
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Agencia Brasil
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