A Universidade Católica de Brasília (UCB) também investiga dois alunos suspeitos de praticar a mesma fraude. Segundo a Polícia Civil de Goiás, nos últimos dois anos 33 pessoas compraram o kit para o vestibular da Faciplac e 22, para o da UCB. No entanto, nem todas elas conseguiram passar no vestibular ou efetivaram a matrícula.
A organização criminosa foi desarticulada em agosto, durante a Operação Monge, e era formada nove integrantes que fraudavam vestibulares de medicina de universidades particulares no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Eles chegaram a ser presos preventivamente, mas agora respondem ao processo em liberdade.
Como funcionava
Para obter o gabarito, um integrante da organização com alto conhecimento das disciplinas exigidas fazia o vestibular e respondia às questões em uma hora. Em seguida, deixava a sala com a prova e repassava o resultado das questões para os líderes do esquema.
Estes anotavam o gabarito no celular e enviavam por mensagem para os candidatos que tinham o “kitprova”. Eles recebiam um celular de modelo simples, que não era identificado pelo detector de metais, e duas canetas pequenas com papéis enrolados para anotar as respostas.
Para ler o gabarito, o aluno precisava pedir para ir ao banheiro e olhar os resultados no celular. Nos papéis dentro das canetas, fazia as anotações e voltava para a sala de aula.
