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HB de Rio Preto está entre os hospitais que mais fazem transplantes no país

O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) está entre os centros que mais fazem transplantes de órgãos e tecidos no país e a média supera a da capital

HB de Rio Preto está entre os hospitais que mais fazem transplantes no país
HB de Rio Preto está entre os hospitais que mais fazem transplantes no país

Redação Publicado em 20/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 23h45


O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) está entre os centros que mais fazem transplantes de órgãos e tecidos no país e a média supera a da capital em alguns casos. Isso devido à central de transplantes que o HB ajudou a montar há 20 anos e que agiliza os procedimentos.

Em duas décadas, a Central de Transplantes já recebeu mais de 100 mil doações de órgãos e tecidos e realizou 107 mil transplantes. O Estado responde hoje por cerca de metade dos transplantes realizados no país. O Hospital de Base está entre os 15 centros que mais fazem transplantes no Brasil.

Só de rim, que é o tipo de transplante mais realizado, o HB supera a média estadual que é de 44 transplantes por um milhão de pessoas. A media na cidade é de 50 transplantes por um milhão de população.

O transplantado José da Silva hoje tem 70 anos, mas ele conta que quase morreu 20 anos atrás quando descobriu uma cirrose hepática e precisou fazer um transplante de fígado. “Quando cheguei ao hospital passei por exames e me internaram, quando viram que era grave, quando viram que o caso era de transplante”, afirma.

Quando começou a passar mal ele decidiu vir para Rio Preto, porque já tinha morado na cidade e conhecia o HB. Saiu de Santos (SP) para fazer apenas uma consulta e descobriu que tinha que fazer um transplante de fígado o mais rápido possível.

Naquela época, a Central de Transplantes ainda estava engatinhando, mas já dava sinais de que distribuição de órgãos estava mudando. José entrou na fila e 100 dias depois já estava recebendo um fígado novo.

A implantação da Central de Transplantes foi fundamental para organizar a distribuição de órgãos captados. Foram estabelecidos critérios de tempo de espera dos pacientes inscritos, compatibilidade e gravidade. O que pouca gente sabe é que o HB teve um papel importante na criação dessa central.

“A Central de Transplantes começou a funcionar graças aos esforços de Rio Preto e Ribeirão Preto, a partir daí foi levado para São Paulo e se tornou uma grande central”, afirma Mário Abbud Filho, chefe do setor de transplantes do HB.

“No começo da central, para a população ter ideia, nós pegávamos os órgãos, corria no posto da Polícia Rodoviária e pedia para eles levarem o isopor da cidade X para a Y. Hoje ficou profissionalizado, temos meios mais rápidos de levar o órgão de uma cidade para outra”, afirma Mário.

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