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Zika vírus: suspeitas da doença crescem em 2023, após 6 anos em queda

O balanço foi divulgado em Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde

Zika vírus: suspeitas da doença crescem em 2023, após 6 anos em queda - Imagem: reprodução redes sociais
Zika vírus: suspeitas da doença crescem em 2023, após 6 anos em queda - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 10/03/2024, às 09h22


Na última semana, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente divulgou um Boletim Epidemiológico sobre a "Situação epidemiológica da síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika: Brasil, 2015 a 2023", que revelou que os casos de suspeitas da doença cresceram depois de 6 anos em queda.

De acordo com o documento, neste período, foram notificados 22.251 casos suspeitos, dos quais 3.742 (16,8%) foram confirmados para alguma infecção congênita. Do total de confirmados, 1.828 (48,9%) foram classificados como casos de SCZ – sendo que 1.380 (75,5%) ocorreram na Região Nordeste. Dos casos confirmados para SCZ, 261 (14,3%) foram a óbito.

Vale citar que os estados com mais números de casos são Tocantins (530), São Paulo (344), Espírito Santo (237), Rio Grande do Norte (229) e Rio de Janeiro (220).

Ainda neste mesmo período, 2.877 (12,9%) casos permanecem em investigação, com a seguinte distribuição anual: 95 (2%) do total de notificações de 2015, 401 (5%) de 2016, 249 (9%) de 2017, 234 (14%) de 2018, 360 (24%) de 2019, 282 (27%) de 2020, 254 (31%) de 2021, 318 (42%) de 2022 e 684 (66%) de 2023.

De acordo com a Associação Paulista de Medicina, embora o período de emergência tenha sido encerrado oficialmente em 30 de julho de 2017, novos casos de SCZ e óbitos associados à doença têm sido registrados em número reduzido no País.

Assim, é essencial a garantia da continuidade do cuidado ao paciente, buscando a prevenção e a identificação de complicações relacionadas à infecção pelo ZIKV no pré-natal, no parto, na puericultura e no desenvolvimento e crescimento da criança.

O que é o Zika vírus?

De acordo com o mesmo Boletim, o vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus da família Flaviviridae que pode ser transmitido ao ser humano por meio da picada da fêmea de mosquitos do gênero Aedes, especialmente da espécie Aedes aegypti. Além disso, é relevante destacar que as formas de transmissão também englobam a vertical, a sexual e por transfusão sanguínea.

A infecção pelo ZIKV pode causar uma doença febril, em que exantemas e dores articulares são sinais e sintomas bastante comuns, embora evidências apontem que aproximadamente 80% dos indivíduos infectados sejam assintomáticos.

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