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Prefeitura de SP diz ter usado 2ª dose para atender demanda de vacinação contra Covid

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira (22) que a gestão municipal usou todo o estoque de segunda dose para atender a demanda

Prefeitura de SP diz ter usado 2ª dose para atender demanda de vacinação contra Covid
Prefeitura de SP diz ter usado 2ª dose para atender demanda de vacinação contra Covid

Redação Publicado em 22/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h22


Ricardo Nunes negou que gestão municipal tenha demorado a informar o estado sobre o problema.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira (22) que a gestão municipal usou todo o estoque de segunda dose para atender a demanda de imunização na capital no final de semana e que o estado sabia do risco de a capital paralisar a imunização caso não recebesse um novo lote de vacinas. A vacinação contra Covid no município foi suspensa nesta terça (22).

“Nós sempre tivemos a política de não usar a segunda dose, mas tendo em vista o volume de pessoas que foram vacinar e por conta do atraso na entrega de vacinas, a Prefeitura de São Paulo optou por usar a segunda dose para poder evitar mais transtornos. Aguardando que a vacina chegasse para que a gente continuasse. Mas não aconteceu, então nós reestruturamos”, disse Nunes.

Ainda de acordo com Nunes, teriam sido usadas 16 mil doses da vacina da AstraZeneca que estavam reservadas para a segunda dose, e que o governo estadual se comprometeu a enviar o dobro para que o município não enfrente problemas.

“Nós avisamos no sábado ao secretário Jean que chegamos a 59 mil doses e que, portanto, necessitaríamos de vacina no final de semana para dar prosseguimento à vacinação na segunda. O secretário Jean disse que iria então providenciar o envio de vacinas para nós no final de semana e na segunda-feira”, completou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Mais cedo, em entrevista ao Bom Dia SP, o secretário estadual da Saúde alegou que o governo tinha sido avisado tardiamente pela prefeitura e que, por isso, não conseguiu remanejar a distribuição de doses.

“Todo o operacional de cada município é de responsabilidade de suas Secretarias Municipais da Saúde. Ontem, fomos avisados por volta das 18 horas que haveria essa paralisação. Já estava no nosso radar, no nosso calendário, fazer a distribuição hoje. É óbvio que se nós tivéssemos essa informação antecipada, teria sido possível nós remanejarmos essa distribuição de forma e caráter especial para o município ainda ontem”, disse o secretário em entrevista ao Bom Dia SP.

Durante agenda na Zona Norte de São Paulo, onde esteve para liberar dez novos leitos de Covid no Hospital São Luiz Gonzaga, Nunes disse acreditar que o secretário estadual tenha se equivocado.

“Todo problema se dá porque o Dr. Jean disse que a prefeitura avisou ontem às 18h. Eu tenho certeza absoluta que foi um equívoco. Ele sabe que não é isso. Tenho certeza que ele vai se retratar. Temos que considerar toda a pressão que as pessoas estão passando”, rebateu Nunes.

Segundo Gorinchteyn, o governo não teve tempo suficiente para remanejar doses e evitar a interrupção.

“A partir do momento que tem essa previsão antecipada, a ‘pré-visão’, existe a condição de nós termos até antecipado, ao invés de estarmos distribuindo hoje, teríamos antecipado em 24 horas, impedindo essa obstrução, essa interrupção no seguimento da vacinação do município de São Paulo”, defendeu.

A suspensão foi anunciada pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, nesta segunda-feira (21), depois de mais de 60% dos postos de vacinação da capital ficarem sem doses.

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G1

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