Entenda os riscos do remédio que levou esposa de Paulinho Vilhena ao vício

A modelo e estudante de direito Maria Luiza Silveira - esposa do ator Paulinho Vilhena - viralizou nas redes sociais após expor abertamente sobre seu vício em Venvanse, remédio que serve como tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e compulsão alimentar.

Falava com muito orgulho: É a melhor coisa do mundo", revelou em entrevista ao podcast Take Your Shoes Off, que foi ao ar na terça-feira (12).

Segundo o Metrópoles, durante a entrevista, Maria Luiza disse que conseguiu se livrar do vício com ajuda do marido. O Venvanse tem como princípio ativo a anfetamina e a venda é liberado sob prescrição no Brasil - desde o ano de 2010.

O psiquiatra Fábio Aurélio Leite, do Hospital Santa Lúcia, apontou que o medicamento tem efeito psicoestimulante.

Atriz Samara Felippo revela que filha sofreu racismo na escola: "pedi expulsão das alunas"

Policial de 21 anos é arrebatado por facção criminosa no Guarujá

Ele aumenta a energia, o otimismo e a agitação psicomotora. O Venvanse é benéfico se for usado de acordo com a prescrição médica. Contudo, pode ser gatilho para paranoia grave, psicose ou bipolaridade em pessoas com predisposição para transtornos", alertou.

O médico considera que o remédio é usado de maneira irresponsável por pessoas que estudam para concurso ou que buscam um melhor desempenho em provas. Essa forma de administrar pode contribuir para desenvolver a dependência química.

Quando o efeito estimulante da medicação passa, a fadiga vem com uma maior intensidade. Segundo o médico, nesses casos, o indivíduo corre o risco de desenvolver o vício, pois sente vontade de uma nova dose, para evitar o rebote.

Atendi pessoas que usavam sete comprimidos de 70 mg por dia. O indivíduo foi internado com sobrecarga do fígado. A função hepática ficou comprometida. Além disso, ele se expôs aos riscos neurológicos do Venvanse", afirmou Leite.

Segundo o psiquiatra, algumas pessoas podem ainda ficar agressivas, irritadas ou aceleradas, por conta do remédio. Os riscos vão variar de um paciente para o outro.