A análise dos exames coletados em Americana (SP) para o diagnóstico da mulher de 31 anos com suspeita da "doença da urina preta" depende de um laboratório no
Redação Publicado em 26/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h26
A análise dos exames coletados em Americana (SP) para o diagnóstico da mulher de 31 anos com suspeita da “doença da urina preta” depende de um laboratório no estado de Santa Catarina (SC). Segundo a prefeitura informou ao g1 nesta sexta-feira (24), a unidade é referência para a síndrome de Haff, como também é chamada a enfermidade, e não há uma previsão para que o resultado seja divulgado.
Foram colhidos sangue e urina da paciente, que está internada no Hospital da Unimed de Americana. A instituição não deu detalhes sobre a data da hospitalização e do tratamento, disse apenas que o estado de saúde da mulher é estável.
Veja nesta reportagem:
A “doença da urina preta” já foi confirmada em estados do Norte e Nordeste do Brasil este ano, e já causou mortes. A jovem, no entanto, não tem histórico de viagens antes de apresentar os sintomas. Se o caso for confirmado, será local e o primeiro do estado de São Paulo.
A investigação do caso de Americana está sendo feita pela Vigilância Epidemiológica e foi divulgada na última quarta-feira (22) pela administração municipal. Não há outras suspeitas sendo apuradas na cidade.
Hospital da Unimed, em Americana, é onde a moradora com suspeita da “doença da urina preta” está internada — Foto: Nelson Shiraga
Segundo a prefeitura, a paciente apresentou náusea, vômito, dor e distensão abdominal, urina de coloração escura, que estão entre os sintomas mais comuns da síndrome. Veja mais sobre a doença no vídeo no início da reportagem.
A “doença da urina preta” também pode ocasionar a rabdomiólise, uma ruptura de fibras musculares, com início súbito. A pessoa tem rigidez no corpo, dores musculares e alterações de enzimas. Os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas primeiras 24 horas após o consumo.
Já se sabe que a causa tem relação com a ingestão de uma toxina presente em algumas espécies de peixes e crustáceos – tambaqui, badejo, arabaiana, lagosta, lagostim e camarão, por exemplo.
Estudos preliminares realizados pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA/RS) e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) apontam que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada
Venda de peixes até apresentou queda nos estados com maior incidência da síndrome de Haff — Foto: Marcelo Moreira/Rede Amazônica
Americana informou que, até o momento, não houve um critério específico para alguma ação de Vigilância Sanitária voltada à investigação do caso. A prefeitura disse que aguarda orientações do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) e Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).
O tratamento da síndrome de Haff inclui a ingestão de líquidos para auxiliar na eliminação da toxina no organismo e também pode haver a necessidade de hemodiálise.
O portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou neste mês de setembro orientações sobre a compra de peixes e frutos do mar por causa do alto número de casos da “doença da urina preta” no Norte e Nordeste do país.
“Peixes, mariscos e crustáceos comercializados devem conter o selo dos órgãos de inspeção oficiais. Os produtos identificados pelo carimbo de inspeção na rotulagem possibilitam a rastreabilidade de sua origem, o que os torna seguros”, diz a Pasta federal.
Casos da doença foram registrados no país em 2008, depois em 2016 e em 2021. Equipes de epidemiologia do Ministério da Saúde acompanham os registros no Brasil e contam com a cooperação de LFDA e IFSC.
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G1
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