Indígenas venezuelanos abrigados em Boa Vista, Roraima, estão recebendo vacina contra covid-19. A medida é uma cooperação entre a Operação Acolhida,
Redação Publicado em 28/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h18
Indígenas venezuelanos abrigados em Boa Vista, Roraima, estão recebendo vacina contra covid-19. A medida é uma cooperação entre a Operação Acolhida, ministérios públicos Federal e Estadual de Roraima e a Secretaria Estadual de Saúde. A intenção é vacinar 100% dos indígenas que pertencem às etnias Warao, Eñepá e Pemon.
A Defensoria Pública da União (DPU) tem atuado para que os indígenas migrantes também recebam a vacina em outras cidades brasileiras, para onde se deslocaram. O entendimento é de que essa população deve ser beneficiada pelo o Programa Nacional de Imunização (PNI), em igual condição a indígenas brasileiros. Algumas cidades já estão acatando a orientação da defensoria, como é o caso de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Rio Branco, no Acre.
O defensor João Freitas de Castro Alves destacou a vulnerabilidade desses grupos e explicou porque precisam ser priorizados. “A gente atende se ele estiver em terra indígena brasileira e se ele estiver cadastrado no sistema. Então, a gente atende os indígenas brasileiros. Agora, essa é uma questão humanitária. Se a pessoa estiver do lado brasileiro e convivendo do lado brasileiro, e estiver inscrito oficialmente nos nossos sistemas, a gente vacina”, disse.
O governo do Acre informou que está seguindo o que foi determinado pelo PNI, e vacina indígenas vivendo em terras homologadas ou não. Segundo o governo, os que estão em contexto urbano são assistidos pelos mesmos critérios da população geral. Na fronteira, de acordo com o governo, os indígenas e demais migrantes que estavam em processo migratório foram vacinados.
O secretário especial de Saúde Indígena do ministério da Saúde, Robson Santos, destacou que se um indígena migrante estiver inscrito nos sistemas brasileiros, ele pode, sim, ser vacinado. “Por já ser uma comunidade que tem vulnerabilidades específicas de dificuldade alimentar, de situação de acolhimento, de morar em casas precárias, é muito importante que cada município dê prioridade a essas pessoas”, afirmou Santos.
A meta é vacinar 90% do público indígena contra a covid-19 e esse número já deve ser atingido em 30 ou 40 dias, de acordo com Santos. Até o momento, 82% já foram imunizados com a primeira dose e 73% com as duas doses.
Ao todo, entre primeira e segunda doses, já foram feitas 603 mil aplicações de vacina entre indígenas. Ainda segundo Robson Santos, populações do Nordeste, como Pankarararu e Truká, foram as primeiras a atingir a meta de 90% de vacinados.
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Agência Brasil
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