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Maternidade

Amamentação reduz mortalidade infantil no pós-natal, diz estudo

A publicação desta segunda-feira (24) apontou que os pequenos correm 33% menos risco de morrer no primeiro ano de vida

O período de amamentação aos bebês com o leite materno reduz a mortalidade infantil no pós-natal. - Imagem: reprodução I Freepik
O período de amamentação aos bebês com o leite materno reduz a mortalidade infantil no pós-natal. - Imagem: reprodução I Freepik

Juliane Moreti Publicado em 25/07/2023, às 15h38


Um estudo de profissionais dos Estados Unidos (EUA), divulgado nesta segunda-feira (24), mostrou que o período de amamentação aos bebês com o leite materno reduz a mortalidade infantil no pós-natal (período entre o sétimo e 364º dias após o nascimento).

A publicação no American Journal of Preventive Medicine, de acordo com informações do portal Metrópoles, aponta que testes foram realizados com mais de 10 milhões de crianças no país e tem base em pesquisas anteriores, que afirmam que os bebês amamentados possuem saúde mais resistente.

A partir disso, houve a conclusão de que os pequenos que são amamentados correm 33% menos risco de morrer no primeiro ano de vida, em comparação aos demais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, seguindo até aproximadamente 2 anos.

Isso, porque, o leite materno, além de ser um alimento completo, é composto por nutrientes que os protegem contra infecções respiratórias e reduzem o risco de diversas doenças: hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. 

Há evidências claras de que a amamentação confere um benefício protetor durante o primeiro ano de vida e está fortemente associada à redução de mortalidade infantil pós-perinatal nos EUA'', afirma Julie, pesquisadora do centro médico e principal autora do estudo. 

Julie explicou que os bebês 'analisados' haviam nascidos entre 2016 e 2018, com o intuito de perceber a relação entre a melhora na expectativa de vida pós-natal (período entre o sétimo e 364º dias após o nascimento), levando também em consideração a idade da mãe, escolaridade e etnia. 

Para a pesquisadora, os resultados são de extema importância para que a amamentação seja seguida à risca pelas mamães, além do incetivo para a promoção de campanhas e a consciência sobre a redução da mortalidade infantil.

Embora a amamentação seja amplamente recomendada, alguns ainda podem considerá-la de menor importância. Esperamos que nossas descobertas mudem a narrativa. O leite humano está repleto de moléculas protetoras e a amamentação oferece proteção significativa'', afirma Ardythe Morrow, co-autora do estudo.
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