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MITO OU VERDADE?

Afinal, consumir chocolate pode causar espinhas? Descubra

Questionamentos sobre os efeitos do chocolate na pele ganham ainda mais força na época de Páscoa

Questionamentos sobre os efeitos do chocolate na pele ganham ainda mais força na época de Páscoa - Imagem: Reprodução/Freepik
Questionamentos sobre os efeitos do chocolate na pele ganham ainda mais força na época de Páscoa - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 28/03/2024, às 12h56


Neste próximo domingo (31), será celebrada a Páscoa e os questionamentos sobre os efeitos do chocolate na pele ganham força. Afinal, o alimento é realmente um grande vilão que potencializa o surgimento de espinhas? Ou não?

De acordo com a CNN, o médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda, explicou que a acne e espinha referem-se ao mesmo problema de pele.

Enquanto 'acne' é termo científico, 'espinha' é mais usado na linguagem popular. Ambos, no entanto, descrevem as lesões causadas por um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilosos", contou à CNN.

Segundo o especialista, a relação entre o consumo de chocolate e o surgimento de acne ainda não está bem estabelecida.

Acredita-se que alterações hormonais, certos medicamentos, estresse e fatores diabéticos, como produtos lácteos e alimentos ricos em carboidratos refinados, podem influenciar a acne", afirmou.

Porém, a dermatologista Paula Talvares Colpas, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirmou que tudo não passa de um mito.

Na verdade, o chocolate em si não provoca acne, mas o consumo de alimentos de hiperglicêmicos (açúcares) e gordurosos. No caso, o leite e o açúcar envolvidos na produção dos chocolates ao leite e branco, causam o aumento da produção de sebo na pele, proporcionando uma inflamação no organismo".

Enquanto isso, Lucas apontou que, com moderação e diante de uma dieta balanceada, os riscos envolvidos com a ingestão de chocolates são perfeitamente controlados.

De acordo com a profissional, as causas, incluem alterações hormonais, especialmente durante a puberdade, gravidez e o uso de certos medicamentos.

Fatores como estresse, tocar o rosto frequentemente, suor excessivo, uso de produtos oleosos e exposição a certos óleos e produtos químicos podem também desencadear ou agravar a condição", explicou.

Tratamento

Os tratamentos variam de acordo com a gravidade do caso e pode incluir terapias locais e orais, combinando produtos como ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides, antibióticos e, em casos mais severos, isotretinoína oral.

Evitar manipular as lesões e usar cosméticos adequados também são práticas recomendadas. Intervenções médicas podem ser necessárias para casos mais graves", finalizou o profissional.
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