Diário de São Paulo
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DENÚNCIA

TSE já está com processos que podem deixar prefeito de S.Caetano inelegível

Se condenado nos dois processos que chegaram ao TSE, José Auricchio pode pegar mais de 30 anos de cadeia, ficar inelegível e ainda desembolsar milhões

José Aurichio é acusado de abuso no uso de meios de comunicação e movimentação de caixa 2. - Imagem: reprodução I Freepik
José Aurichio é acusado de abuso no uso de meios de comunicação e movimentação de caixa 2. - Imagem: reprodução I Freepik

Jair Viana Publicado em 08/08/2023, às 16h49


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem pelo menos dois processos para julgar nos próximos dias, envolvendo o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Jr. (PSDB), e seu vice-prefeito, Roberto Luiz Vidoski (PSDB).

Um dos processos trata da acusação do Ministério Público por abuso no uso dos meios de comunicação oficiais, durante as eleições de 2020.

O outro processo trata da denúncia de irregularidade no recebimento de doações de campanha da eleição de 2016. O Ministério Público aponta o crime de caixa 2 e suposta organização criminosa. 

Caso condenados, os acusados podem cumprir penas superiores a 30 anos de prisão, além da perda do cargo público e pagamento de multas.

As investigações começaram em maio de 2017. Segundo a Procuradoria, o prefeito teria usado diversas pessoas físicas para camuflar a origem dos recursos que financiaram a campanha à Prefeitura de São Caetano do Sul e que teria abastecido o caixa do diretório local do PSDB no mesmo período.

De acordo com as investigações, 54% do dinheiro arrecadado para a campanha eleitoral tinham como origem, segundo a Procuradoria, doações suspeitas.

Na denúncia, a Procuradoria Regional Eleitoral pede indenização material e moral no valor de R$ 6 milhões. Também foi pedido pelo órgão, a instauração de inquérito policial à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo.

No TSE, os processos contra Auricchio Júnior estão sob as relatórios dos ministros Alexandre de Moraes e Benedito Gonçalves. Os dois ministros têm sido rigorosos em seus votos. Gonçalves, por exemplo, foi o relator do processo que tornou inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

OUTRO LADO 

O Diário tentou ouvir o prefeito José Aurichio Júnior, mas por sua assessoria, não manifestou interesse em responder.

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