Putin é convidado para o G20 no Brasil, mas mandado de prisão do TPI complica presença
Sabrina Oliveira Publicado em 27/09/2024, às 13h09
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu um convite formal do governo brasileiro para participar da Cúpula de Líderes do G20, agendada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. No entanto, até o momento, Putin não confirmou sua presença no evento.
A situação se complica devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o líder russo, que é acusado de responsabilidade direta na deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia. Estima-se que cerca de 20 mil menores tenham sido levados sem o consentimento dos pais, conforme denúncia das autoridades ucranianas. A Rússia nega essas acusações, embora existam diversas evidências que sustentam a alegação.
Em resposta a questionamentos feitos pelo SBT News, o embaixador russo no Brasil, Alexei Labetskyv, considerou provocativa a sugestão de uma possível prisão de Putin em território brasileiro. "Quando o senhor usa esses termos eventualmente preso, o que é isso? Uma provocação?" questionou Labetskyv.
O repórter argumentou que a pergunta era legítima, dado que o Brasil é signatário do TPI e, portanto, legalmente obrigado a cumprir seus mandados. "Não é uma provocação. Há um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional contra o Presidente Putin. O Brasil é signatário desse Tribunal. Portanto, se o presidente Putin for ao Brasil, do ponto de vista legal, a Justiça pode determinar a prisão do presidente Putin", explicou.
Labetskyv contestou a validade do TPI e ressaltou que a Rússia não reconhece sua autoridade. "Quando o senhor está fazendo estas perguntas legítimas, o segundo passo deverá ser pensar o que será depois desses atos ilegítimos", disse ele. O embaixador também destacou que outros países como Estados Unidos, Israel, Irã e Índia igualmente não reconhecem o estatuto que criou o TPI.
Em uma entrevista concedida ao SBT News, Alexei Labetskyv discutiu temas variados por cerca de uma hora. Ele abordou desde o aumento expressivo de 6.000% nas importações brasileiras de diesel russo até a próxima Cúpula dos BRICS em outubro na Rússia. Além disso, comentou sobre a guerra na Ucrânia e sobre espiões russos descobertos no Brasil.
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