Diário de São Paulo
Siga-nos

MPF diz que existe ‘risco concreto de eventual fuga’ de Cláudia Cruz mulher de Eduardo Cunha

O Ministério Público Federal (MPF) disse que há risco de fuga de Cláudia Cruz, mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ),

MPF diz que existe ‘risco concreto de eventual fuga’ de Cláudia Cruz mulher de Eduardo Cunha
MPF diz que existe ‘risco concreto de eventual fuga’ de Cláudia Cruz mulher de Eduardo Cunha

Redação Publicado em 15/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 22h51


Manifestação é sobre a devolução do passaporte da ré da Lava Jato.
MPF se posicionou contra o pedido da defesa de Cláudia Cruz.

O Ministério Público Federal (MPF) disse que há risco de fuga de Cláudia Cruz, mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do país, caso o passaporte dela seja devolvido. Cláudia Cruz é ré na Operação Lava Jato.

Por essa razão, o MPF se posicionou pela manutenção do recolhimento do passaporte de Cláudia Cruz, mesmo que ele tenha sido entregue espontaneamente pela acusada. A defesa dela havia pedido a devolução do passaporte. O MPF “se manifesta contrariamente ao pedido de restituição do passaporte formulado por Cláudia Cordeiro Cruz”. Agora, cabe à Justiça decidir sobre a devolução ou não do passaporte à ré.

O G1 tenta contato com a defesa da acusada, porém, até a última atualização desta reportagem, as ligações não tinham sido atendidas.

“Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido”, diz um trecho da petição protocolada pelo MPF na tarde desta segunda-feira (15) no processo eletrônico da Justiça Federal.

Cláudia Cruz responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. De acordo com as investigações, ela foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido.

Em nota à imprensa, o deputado Eduardo Cunha já havia afirmado anteriormente que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do MPF da Operação Lava Jato, chegou a dizer que “dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife”.

Segundo o MPF, Cláudia Cruz fez compras no exterior com recursos de contas na Suíça abastecidas com dinheiro de propina recebido pelo marido dela.

Compartilhe  

últimas notícias