Anderson Torres detalhou as medidas para garantir a segurança dos eleitores
Mateus Omena Publicado em 01/10/2022, às 17h30
O ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres, declarou neste sábado (1) que as eleições do próximo domingo (2) serão seguras.
Ele afirmou que cerca de 500 mil policiais e agentes de segurança em todo o país estarão em alerta e em ação, com o apoio de 5 mil viaturas, três aeronaves, nove embarcações e drones.
Por outro lado, Torres ressaltou que existem dificuldades para garantir que a proibição de porte de armas a 100 metros dos locais de votação sejam cumpridas, pelo menos até segunda-feira (3).
"Uma regra muito difícil de ser cumprida", disse o ministro da Justiça. "Acho que as regras, antes de a gente fazer, a gente tem que ter muito cuidado, antes de criar regras e dificuldades."
Em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o porte de armas por cidadãos a até 100 metros de distância dos locais de votação. A medida se aplica não apenas ao dia da votação, como também às 48 horas antes do pleito e às 24 horas seguintes.
"Imagine cumprir isso nessa quantidade de urnas, mais de 90 mil pontos de votação", disse Torres, em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), órgão criado para coordenar as ações de segurança durante as eleições de 2022.
E acrescentou: "Mas, enfim, estaremos atentos a isso e, como eu disse, o que nos interessa é fazer uma eleição segura no nosso país."
O TSE declarou novamente a importância desta regra, na última quinta-feira (29). A instituição proibiu também que caçadores, atiradores e colecionadores de armas (CACs) transportem armas e munições entre este sábado (1) e a próxima segunda-feira (3) nos locais de votação.
Por enquanto, não há registros de prisões de pessoas portando armas nas proximidades dos locais de votação, apontou o ministro da Justiça.
Torres reforçou que todas as medidas foram planejadas para inibir a ação de CACs que circularem com armas pelas cidades. Segundo ela, qualquer infração "não muda em nada o planejamento" da segurança.
"O planejamento está pronto muito antes dessa proibição”, disse. “Não tem como fazer previsão de confrontos [com CACs], mas não estamos indo para uma guerra. Estamos indo para uma eleição”, completou.
Na coletiva, Anderson Torres e o secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alfredo Carrijo, afirmaram que não existem informações de que haverá violência generalizada após a divulgação do resultado das urnas na noite de domingo.
“Quero deixar bem claro para todo o povo brasileiro que no domingo teremos eleições seguras. Pode ir às urnas com tranquilidade para votar. O planejamento está muito bem feito”.
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