Diário de São Paulo
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Eleições 2022

Kassab propõe que PSD não apoie Lula nem Bolsonaro na disputa pela presidência

O presidente do partido disse que apresentará sua preferência no momento apropriado

Presidente do PSD, Gilberto Kassab - Imagem: Reprodução/Facebook
Presidente do PSD, Gilberto Kassab - Imagem: Reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 14/07/2022, às 18h57


O presidente do PSD, Gilberto Kassab, anunciou nesta quinta-feira nas redes sociais sua decisão em manter o partido neutro ao longo das eleições presidenciais.

“Encaminho como proposta para nossa Convenção Nacional que o Partido Social Democrático adote a neutralidade nesta eleição presidencial. No momento apropriado, de modo a não interferir na boa governança partidária”, declarou.

O dirigente justificou que não existe unidade dentro do PSD para apoiar o ex-presidente Lula (PT), nem o presidente Jair Bolsonaro (PL). A mesma situação se aplica também aos demais pré-candidatos ao executivo, como a senadora Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

De acordo com Kassab, os membros da sigla visavam escolher Rodrigo Pacheco como pré-candidato à presidência, porém o político optou por assumir a presidência do Senado em janeiro de 2021. Em razão disso, o partido não teve nenhum outro nome forte para disputar a liderança do executivo.

Além disso, o presidente do partido também ressaltou que, após uma consulta a parlamentares e outros dirigentes partidários, ficou claro que o PSD não possui unidade para apoiar candidatos de outras siglas.

Leia a seguir a íntegra do comunicado de Gilberto Kassab:

“Colegas dirigentes, parlamentares, executivos e filiados do Partido Social Democrático em todo o Brasil.

Quero expor aqui os fatores que me levam a defender este entendimento, que considero o mais adequado para a participação do PSD nessa eleição presidencial de 2022.

O Partido, ao longo de meses e com a atuação de diversas lideranças, buscou o desenvolvimento de uma candidatura própria.

Tínhamos o melhor pré-candidato, o senador Rodrigo Pacheco. A sigla estava unida em torno da sua candidatura.

Diante do convite, recebido com grande entusiasmo, Pacheco ponderou ao longo de meses e se convenceu da importância de sua presença à frente da presidência do Senado ao longo do processo eleitoral, papel fundamental para garantir a estabilidade institucional do Brasil.

Ficou a semente de um excelente projeto para o Brasil, que o PSD não abandonou, apenas adiou.

Sem o horizonte de uma candidatura própria que pudesse contribuir com o debate neste cenário de polarização, iniciamos uma consulta nacional que, agora, está concluída.
Foram ouvidos parlamentares (em todos os níveis), dirigentes partidários, líderes de todos os cantos do país.

A constatação é que não temos unidade para caminhar coligados com um candidato de outro partido. Diante das opções existentes, haveria preferências diversas no partido não apenas quando consideramos o Brasil, mas em instâncias partidárias dentro de Estados e, até, de municípios.

Diante dos fatos apresentados, encaminho como proposta para nossa Convenção Nacional que o Partido Social Democrático adote a neutralidade nesta eleição presidencial.
No momento apropriado, de modo a não interferir na boa governança partidária, já que ocupo a presidência nacional do PSD, compartilharei minha preferência pessoal para este pleito”, Gilberto Kassab

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