Ex-Comandantes do Exército e da FAB confirmaram à PF a pressão de Bolsonaro por um golpe de Estado para se manter no poder
Ana Rodrigues Publicado em 15/03/2024, às 08h51
Os ex-comandantes do Exército, o general Marco Antonio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, confirmaram à Polícia Federal a pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por um golpe de Estado para se manter no poder.
De acordo com a CNN, nesses encontros, o ex-presidente ele apresentava uma hipótese de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outros instrumentos jurídicos como estado de defesa ou estado de sítio para permanecer no poder.
Freire Gomes e Baptista Júnior, em seus depoimentos, também implicaram diretamente o ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na elaboração de um plano golpista.
Segundo as investigações, o ex-ministro da Defesa foi apontado como articulador da minuta golpista, enquanto Torres era uma espécie de "tradutor jurídico" para os três comandantes.
O general Freire Gomes e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior afirmaram ainda que, rechaçaram em muitas oportunidades uma proposta de golpe, enquanto que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria colocado à tropa à disposição de Jair Bolsonaro.
Ainda durante seu depoimento, os ex-comandantes confirmaram que foram chamados para o Palácio do Alvorada para reuniões com Bolsonaro pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Eles relataram que, em 7 de dezembro de 2022, foram chamados pelo então ministro da defesa à biblioteca do Palácio da Alvorada.
Lá, Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro apresentou um documento que embasaria juridicamente o que, na prática, seria um golpe de Estado. Após ler o documento, segundo Freire Gomes, Martins saiu do local para a reunião entre o ex-comandantes e Bolsonaro.
De acordo com a PF, o conteúdo é similar ao arquivo encontrado no celular do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que assinou um acordo de colaboração premiada.
Os dois ex-comandantes também relataram que participaram de uma reunião no Ministério da Defesa no dia 14 de dezembro de 2022 com o general Paulo Sérgio Nogueira, que apresentou uma nova versão do documento. Segundo os depoimentos, a minuta golpista passou por ajustes.
Para à PF, os ex-chefes do Exército e da Aeronáutica falaram que foram contundentes ao avisar que não compactuariam com nenhuma ruptura institucional.
Ainda segundo os relatos, Anderson Torres atuava como uma espécie de tradutor jurídico e procurava pontuar aspectos jurídicos que dariam suporte às medidas de GLO e estado de Defesa.
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