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Investigação

Suspeito de matar e carbonizar dentista é preso em SP

O suspeito é ex-namorado da vítima e a dentista tinha uma medida protetiva contra ele

O suspeito é ex-namorado da vítima e a dentista tinha uma medida protetiva contra ele - Imagem: Reprodução/Redes Sociais
O suspeito é ex-namorado da vítima e a dentista tinha uma medida protetiva contra ele - Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Ana Rodrigues Publicado em 09/10/2023, às 07h57


A dentista Bruna Angleri foi encontrada carbonizada dentro da própria casa no dia 27 de setembro e o principal suspeito do crime foi preso na noite deste domingo (8), próximo a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

O cantor sertanejo João Vitor Malachias teve a prisão temporária decretada pela Justiça na sexta-feira (6), porém estava foragido até este domingo. Segundo o UOL, a prisão temporária tem duração de 30 dias, sendo possível prorrogar por mais 30. João negou o crime.

Ainda não foram divulgados detalhes sobre a prisão do suspeito e, segundo o delegado responsável pelo caso Tabajara Zuliani dos Santos, apesar de já ter tido a prisão, a investigação continua.

Daniel Salviato, advogado da família de Bruna, confirmou que durante esta semana, a Polícia Civil conseguiu colher mais provas e pediu a prisão temporária do cantor sertanejo, que foi aceito pela Justiça.

Ainda segundo Salviato, na sexta, quando o mandado iria ser cumprido, João Vitor fugiu de carro pela rodovia Anhanguera, com ajuda de outras pessoas. A Record TV divulgou uma imagem que mostra o cantor em um posto de gasolina, pouco antes de empreender fuga.  As autoridades foram informadas da localização de João, sendo iniciada uma perseguição, onde acabou com o suspeito abandonando o próprio veículo, próximo à região do município de Cravinhos e fugindo a pé.

Apesar de todo o cerco montado durante a noite e madrugada de sábado (7) pela polícia, o cantor sertanejo não foi encontrado e foi considerado foragido desde então. E, antes da expedição do mandado, o homem chegou a ser ouvido pela Polícia Civil, mas foi liberado por falta de provas.

Segundo familiares de Bruna, ela e João namoraram durante sete meses e ele não aceitava o fim do relacionamento. 

Quando procurado pelo UOL, o advogado de João, Wagner Moraes disse que a defesa só vai se manifestar exclusivamente nos autos, uma vez que o processo encontra-se em segredo de justiça.

A dentista tinha uma medida protetiva com o ex-namorado. Após registrar a queixa, a vítima ainda contou à Policia Civil que o ex tinha invadido sua casa e quebrado alguns móveis. No dia 10 de agosto, ela prestou queixa, segundo o delegado Tabajara Zuliani dos Santos. O advogado de João acrescentou ainda que seu cliente chegou a morar na casa da vítima.

Eles teriam decidido se separar há pouco mais de um mês antes do crime.

Ele foi acionado para prestar depoimento, uma vez que na cidade começaram a circular o nome dele como principal suspeito. Em seu depoimento, negou a autoria, colaborou com tudo, deixou celular para ser periciado, deu detalhes e nomes das pessoas com quem estava e onde estava e foi liberado", detalhou o advogado.

Para relembrar, Bruna Angleri foi encontrada em cima de sua cama, já sem vida. O crime foi registrado como homicídio. O delegado ainda ressaltou que a vítima foi "severamente" agredida no rosto, que estava "cheio de fraturas". A dentista também tinha hematomas e uma costela fraturada.

À espera dos laudos do IML (Instituto Médico Legal), a investigação quer saber se há alta concentração de gás carbônico no sangue da vítima, o objetivo desta investigação é para esclarecer se ela já estava morta quando foi queimada ou se ainda estava viva.

O legista, que é muito experiente, entende que provavelmente não [estava viva quando foi queimada], porque as vias aéreas dela, em termos de fuligem, de fogo, qualquer coisa nesse sentido, estavam limpas. Mas ele não pode dar 100% de certeza antes desse laudo toxicológico", informou delegado do caso, Tabajara.

A dentista era coordenadora de pós-graduação de uma faculdade em Araras e deixou um filho.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o caso era investigado pela Delegacia de Polícia de Araras.

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