Sargento conhecido por formar trisal é expulso da PM por motivo absurdo

Foi publicada, no Diário Oficial do Estado (DOE), desta quinta-feira (09), portaria assinada pelo coronel Luciano Dias Fonseca, comandante da Polícia Militar do Estado do Acre, determinando a expulsão do sargento Erison de Melo Nery, da Polícia Militar.

De acordo com o g1, o ex-militar responde criminalmente pela morte de um adolescente de 13 anos em 2017 e, também, por ter atirado contra um estudante durante uma briga em um bar de Epitaciolândia.

Assim, de acordo com o comando da corporação, a expulsão do militar é baseada no que dispõe sobre a Exclusão a Bem da Disciplina. Confira um trecho:

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"Excluir, a Bem da Disciplina, o 3º SGT PM RG 4058 Erisson de Melo Nery das fileiras da Polícia Militar do Estado do Acre/PMAC. Determinar à Chefe da Divisão de Recursos Humanos Militar – DRHM/PMAC, que tome as providências legais e necessárias quanto à devolução do fardamento, da pasta de alterações e da identidade militar do referido 3º SGT PM, remetendo o primeiro para o Almoxarifado e o segundo e terceiro para a DRH/Seção de Identificação, bem como, a restituição dos equipamentos, apetrechos e materiais bélicos pertencentes à Polícia Militar do Acre, sob a cautela do militar", ressalta o texto publicado no DOE.

A PM entendeu que o militar feriu a conduta ao atirar no estudante Flávio Endres durante uma briga em 2021 em uma casa noturna no interior do Acre. Os dois processos contra Nery ainda não foram julgados, e ele segue preso no Batalhão de Operações Especiais (Bope).

A decisão de expulsar o sargento da Polícia Militar, segundo o decreto, é baseada na lei complementar nº 164/2006, que rege o Estatuto dos Militares do Estado do Acre.

Além disso, a exclusão acarreta a perda de seu grau hierárquico e não o isenta das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda Nacional ou a terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença judicial.

A imagem da PM

De acordo com o g1, o coronel Rômulo Modesto, corregedor-geral da Polícia Militar, explicou que a expulsão de Nery foi porque a atitude dele, de repercussão nacional, manchou o nome da instituição.

Ele estacou ainda que essa é uma decisão administrativa dentro do que recomenda o estatuto militar e que é independente do processo que ele responde na esfera criminal do Judiciário.

Difícil tomar essa atitude de exclusão, mas a corporação tem que zelar pelo nome da instituição e, nessa vertente, os policiais que compuseram o conselho acharam por bem assim, tendo em vista que o bem maior é a imagem da instituição", afirmou.

'O trisal'

O sargento ficou conhecido, nas redes sociais, após assumir um relacionamento a três, 'o trisal', com a administradora Darlene Oliveira e a sargento Alda Nery. O trisal chegou a criar um perfil nas redes sociais para divulgar o dia a dia do triângulo amoroso.

"Como a gente gosta dela e ela gosta da gente, íamos sair e dizer que ela é o que nossa? Minha amiga, minha prima? E as pessoas viriam dar em cima dela, e a gente ia ficar com a cara mexendo? Então, se gostamos o suficiente para estar com ela, tem que gostar para assumir para a sociedade, porque ela nunca foi só sexo", explicou Alda na época.