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Eleições 2022

Recenseadora é vítima de cárcere privado por causa de adesivo de candidato à presidência

O crime aconteceu no interior de São Paulo

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil - Imagem: Freepik
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 07/11/2022, às 16h03


Uma recenseadora do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou recentemente que foi mantida em cárcere em uma chácara em Araçoiaba da Serra (SP), município a 122 km de São Paulo, enquanto fazia pesquisas para o Censo 2022.

O episódio aconteceu na última sexta-feira (4). Segundo a vítima, o crime foi motivado por um adesivo do Partido dos Trabalhadores (PT) em seu carro.

Em entrevista à TV TEM, afiliada à Rede Globo, a recenseadora Luana Araújo relatou que a moradora da chácara, cuja identidade não foi revelada, se negou a responder a pesquisa por, inicialmente, desacreditar no trabalho do IBGE.

Em seguida, ao ver o adesivo de Lula, presidente eleito no dia 30 de outubro, a dona do imóvel a atacou e a manteve presa dentro da propriedade na zona rural da cidade. Ela disse ter ficado detida por cerca de três horas.

"Ao explicar para ela que era um veículo particular, que não tinha a ver com a pesquisa, não tive a oportunidade de dar mais explicações e ela começou a me ameaçar. Fiquei em uma situação muito constrangedora e me senti muito ameaçada".

Luana só conseguiu deixar o local após a chegada da Polícia Militar. A recenseadora disse que registrou no último sábado (5) um boletim de ocorrência por cárcere privado e ameaça.

A Polícia Civil declarou que está acompanhando o caso, mas que ainda não teve acesso ao boletim de ocorrência. A Polícia Militar informou que o episódio foi resolvido no local sem maiores confusões.

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