A docente dá aulas na rede pública e gerou revolta entre os alunos por causa das falas preconceituosas
João Perossi Publicado em 16/08/2022, às 09h09
Uma professora foi gravada durante aula no Colégio Municipal Castro Alves, em Posse (GO), afirmando que homossexuais são "impuros". A fala da professora gerou revolta na sala de aula, e uma denúncia foi feita para a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse.
Durante o vídeo, que circulou rapidamente pelas redes sociais, a professora declara que "porque se você é homem, foi feito para a mulher — e a mulher para o homem — e o que foge disso é impuro". Durante o discurso da professora, os alunos se sentiram desconfortáveis e se levantaram de suas cadeiras em contestação.
A docente, identificada como Maria Elizete Santos, ainda completa no vídeo que "se quiser me chamar de homofóbica, pode chamar", com sarcásmo.
Após a denúncia, a Secretaria informou, em nota, que realizou uma reunião com docentes, responsáveis e alunos para apurar a atitude de Maria Elizete.
O orgão informou também que aguarda a ata de reunião para dar prosseguimento às providências cabíveis, "de forma imparcial, garantindo a isonomia, preservando a lisura dos procedimentos e o respeito às legislações vigentes".
A secretaria afirmou também que "não compactua com quaisquer manifestações de preconceito ou discriminação decorrente da orientação sexual, raça, credo, origem étnica, posicionamento político ou grupo social", e que reforçará o programa de combate ao preconceito e discriminação.
Já ao Bom Dia Goiás, jornal afiliado da TV Globo, a professora declarou em nota que não são verdadeiras as falas imputadas a ela, e que o vídeo estava fora de contexto.
Segundo a docente, o objetivo da fala não era constranger ou atacar nenhum aluno, e embora possa ter escolhido mal as palavras, em nenhum momento pode-se atribuir a elas o conceito de homofobia.
"Transmito meus sinceros pedidos de desculpa a quem tenha se ofendido, e me mantenho sempre à disposição para o diálogo e ao debate crítico e honesto", finaliza comunicado.
Homofobia é considerado crime desde 2019, por decisão do Supremo Tribunal Federal, e se a falas de Maria Elizete forem apuradas como tal pela instituição, a professora estará sujeita a aplicação de pena de um a três anos de reclusão.
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