Um requerimento para que o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, sejam convocados para dar explicação no Senado sobre suspeita de corrupção, estaria nas mãos de Rodrigo Pacheco
Jair Viana Publicado em 23/02/2024, às 11h44
Um escândalo de proporções milionárias estaria em andamento no Porto de Santos, litoral sul de São Paulo. A denúncia, já sob apuração pelo senador Alexandre Giordano (MDB), coloca no centro do problema, o ministro dos Portos, Silvio Costa Filho e o presidente Autoridade Portuária, Anderson Pomini.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco já recebeu pedido para convocar os dois para que eles sejam questionados e prestem esclarecimentos.
Segundo a denúncia, Anderson Pomini teria facilitado a entrada em operação no Porto, do Grupo Cesari, que não participou de processo de licitação. O conglomerado Cesari protagoniza um subarrendamento, contrariando normas da própria APS. Pomini teria criado normas para favorecer a contratação do Grupo Cesari.
Os problemas na administração do Porto teriam se instalado no ano passado. A visita de Pomini à sede do Grupo Cesari chamou a atenção, por não ser comum o presidente da APS visitar empresas que nao sejam parceiras comerciais. Após a visita é que o Grupo passou a prestar serviço no Porto, sem nunca ter participado de uma licitação.
Logo após a visita de Pomini à empresa, uma licitação foi realizada, e a vencedora foi a Confort. Mesmo sem participar da licitação o Grupo Cesari acabou assinando contrato com a APS. A suspeita é que seria um "contrato" de subarrendando de áreas, o que é proibido.
Numa pesquisa mais detalhada, o senador Giordano (MDB) descobriu um contrato estabelecido entre as partes, com várias irregularidades. O caso ainda está sendo apurado, mas Giordano já teria apresentado requerimento para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco convoque o presidente da Autoridade Portuária, Anderson Pomini e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A reportagem tentou contato com todos os esnvolvidos. Nenhum deles respondeu às mensagens deixadas em aplicativo, Pomimi, o único a atender, falou vagamente a respeito do assunto. Em síntese, ele diz que a denúncia do senador Giordano está ligada à exoneração de executivo do Porto que era da cota do senador.
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