Sérgio Faustino foi encontrado morto na área externa da sede da Caixa, em Brasília
Jair Viana Publicado em 20/07/2022, às 21h22
O escândalo sexual envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, exonerado, tem novo um novo episódio: o diretor Sérgio Ricardo Faustino Batista, que dirigia o Departamentos de Controles Internos (Decoi) foi encontrado morto nesta terça-feira (19).
A Polícia Civil do Distrito Federal já abriu inquérito e investiga a morte de Sérgio. Em princípio, a hipótese é de suicídio.
Ele era exatamente a pessoa responsável pelo acompanhamento das denúncias de assédio sexual atribuído a seu chefe, Pedro Guimarães. Faustino fazia parte da equipe que atuava diretamente com o gabinete da presidência.
O corpo do diretor foi encontrado na área externa da sede do banco em Brasília na noite dessa terça-feira (19) por dois seguranças de plantão.
Ele deixou o cargo em junho após os relatos de cinco funcionárias da Caixa que vieram a público. Na época, foram levantadas suspeitas de que a instituição já havia sido informada das denúncias, mas teria abafado. A Caixa admitiu ter conhecimento das acusações, mas não informou mais detalhes sobre o caso.
Em depoimentos e entrevistas funcionárias do banco contaram que o problema começou em 2019 e que havia temor em denunciar o assédio, porque a direção do banco atuava para acobertar as acusações e intimidar as vítimas.
Sérgio Faustino era servidor de carreira desde 1989. Ele alcançou o cargo de Diretor Executivo na gestão de Guimarães. Teve o nome aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração do banco em fevereiro deste ano e tomou posso em março.
Em seu site, a Caixa, informa que Faustino tinha experiência de mais de vinte anos na área de Controles Internos e Risco e passou por processo seletivo para ocupar a chefia da Decoi. A página informa ainda que ele exerceu diversas funções gerenciais na instituição.
Sérgio Ricardo Faustino Batista era natural de Teresina, capital do Piauí e morreu aos 54 anos. Ele era graduado em economia em Brasília e tinha especializações e mestrado na área.
A Polícia Civil do Distrito Federal informou que, inicialmente, as investigações apontam para suicídio. O telefone celular de Faustino foi encontrado e vai passar por pericia.
Em nota, a Caixa Econômica Federal manifestou pesar pela morte do servidor e informou que colabora com as investigações.
Também em nota, Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) disse que a federação acompanhará os desdobramentos do caso e que se solidariza com a família, colegas de trabalho e família.
A Fenae, na nota oficial manifesta medo de funcionários do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. "A gestão por medo de Pedro Guimarães deixou os trabalhadores doentes e a pesquisa da Fenae confirmou isso. Mesmo que a Caixa esteja implementando mudanças, nós observamos que não há nada de novo", ressaltou.
A entidade afirma que vai acompanhar as investigações sobre a morte de Sérgio Faustino.
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