Diário de São Paulo
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Operação Trapiche

Polícia Federal cumpre novos mandados em investigação sobre terroristas do Hezbollah no Brasil

Operação faz parte de investigação de possível plano terrorista para atacar alvos judaicos no Brasil

Polícia Federal. - Imagem: Divulgação / PF
Polícia Federal. - Imagem: Divulgação / PF

Marina Roveda Publicado em 13/11/2023, às 08h14


Nesta sexta-feira (10), a Polícia Federal realizou diligências cumprindo mandados, incluindo um de busca e apreensão, contra um sexto alvo suspeito de envolvimento com o grupo Hezbollah no Brasil. Essas ações fazem parte da Operação Trapiche, que investiga um possível plano terrorista para atacar alvos judaicos no país.

Com os novos mandados, a PF amplia a investigação que já resultou em dois mandados de prisão temporária e buscas em diversos estados, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Goiás. Até o momento, seis pessoas são alvos dessa operação.

Os dois indivíduos presos em São Paulo foram interrogados, e um deles alegou ter ido ao Líbano para negociar ouro e agrotóxicos. No entanto, investigadores desconfiam dessa versão, acreditando que o detido possui conexões com membros do Hezbollah. O segundo indivíduo permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

Outro alvo da operação, um brasileiro, não foi preso, mas admitiu ter viajado ao Líbano e afirmou ter recebido propostas para realizar atentados no Brasil. A PF está colhendo mais indícios sobre esse suspeito para decidir sobre um eventual pedido de prisão.

Além desses, a operação também mira um sírio que morava em Belo Horizonte e está atualmente no Líbano. Esse indivíduo, que já lutou com guerrilheiros do Hezbollah contra o Estado Islâmico na Síria, é apontado como um dos principais recrutadores de brasileiros para participar de atentados contra alvos judaicos no Brasil. Contra ele, há um mandado de prisão temporária por 30 dias, expedido pela Justiça Federal de Minas Gerais.

Esse sírio, agora foragido, e um libanês, também naturalizado brasileiro e no Líbano, são considerados peças-chave no esquema de recrutamento para a prática de atentados. Ambos são suspeitos de terem fortes conexões com o Hezbollah.

A investigação da PF está em curso, e novos suspeitos podem ser identificados no decorrer do processo.

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