Além de Bruno de Paula Costa, outras 17 pessoas morreram
João Perossi Publicado em 22/07/2022, às 09h12
A políca militar do Rio de Janeiro divulgou nessa sexta-feira (22) um cartaz pedindo informações sobre o assassinato do Cabo Bruno de Paula Costa, oficial de segurança morto em uma Unidade de Polícia Pacificadora.
Episódio fez parte da carnificina instaurada no Complexo do Alemão nessa quinta-feira (21). Além de Bruno, morreram também outras 17 pessoas, entre suspeitos de tráfico e inocentes. Imagens tiradas no local mostram moradores assustados carregando corpos em lençóis e carrinhos.
O PM, que foi baleado no pescoço, possuia uma esposa e dois filhos, que são diagnosticados com espectro autista. O cartaz promete recompensa de 5 mil reais para quem tiver informações importantes sobre o caso.
Cláudio Castro, governador do Rio, lamentou a morte do oficial:
"Nossas forças de segurança foram covardemente atacadas hoje cedo durante uma grande operação no Complexo do Alemão para prender criminosos. Um policial foi morto e outro, baleado. Lamento profundamente a morte do nosso agente e me solidarizo com a família".
O presidente Bolsonaro também se aproveitou da morte do policial para fazer aceno para sua base de eleitores e atacar mais uma vez o Supremo Tribunal Federal, em uma live no Facebook:
"Até hoje, o Rio de Janeiro tem área de exclusão onde a PM não pode agir por decisão do STF. E a bandidagem cresce nessa área", afirmou o presidente.
Além de Bruno de Paula, uma mulher inocente de 50 anos também foi baleada e não resistiu. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro divulgou em nota que há indícios de graves violações dos Direitos Humanos na operação, como execussões sumárias e negação à socorro para as vítimas.
A operação de quinta-feira (22) é a quarta mais sangrenta da história do estado do Rio de Janeiro.
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