A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Overload, contra uma organização envolvida com tráfico internacional de drogas , cuja rota
Redação Publicado em 06/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h28
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Overload, contra uma organização envolvida com tráfico internacional de drogas , cuja rota envolve o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Um destacamento de 200 policiais federais, 80 policiais militares e seis policiais civis cumpre 44 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária, em quatro estados.
No âmbito da operação, também foi emitida ordem de bloqueio de bens imóveis, veículos, contas bancárias e empresas ligados à quadrilha .
As investigações da Operação Overload contam com a cooperação da Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em nota, a PF informa que, entre os suspeitos presos, há 33 homens e duas mulheres.
A principal hipótese com que trabalham as autoridades policiais é de que o grupo tem como base o aeroporto e, a partir do local, remeteria cocaína para a Europa.
Os primeiros indícios surgiram em fevereiro de 2019, quando a polícia interceptou um carregamento de 58 quilos da droga, na Área Restrita de Segurança do aeroporto. O pacote tinha como destino a Europa .
Com a apreensão, a PF pôde mapear a rede da organização criminosa , identificando suas respectivas lideranças, as pessoas com quem se relacionaram e os mecanismos para remeter volumes do entorpecente ao exterior. No curso das investigações, o total de cocaína apreendido foi de 250 quilos.
“De acordo com os dados obtidos durante as investigações, a organização criminosa é composta por brasileiros – principais fornecedores da cocaína e financiadores do esquema criminoso, além de serem responsáveis pelo aliciamento de funcionários aeroportuários, pela interferência ilícita nas operações de logística aeroportuária e lavagem de dinheiro – e estrangeiros, cuja atuação se dá em solo europeu no recebimento da droga”, completa a corporação, no comunicado.
Segundo a PF, dezenas de pessoas foram aliciadas pela organização investigada, para desempenhar alguma função no esquema.
Entre elas, há vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros.
Além desses empregados, também foram cooptados um policial militar e um policial civil.
Dois suspeitos que eram alvos de mandados de prisão morreram durante a deflagração da Operação Overload.
Segundo a polícia, eles teriam entrado em confronto com os agentes. Dois inquéritos serão abertos para investigar as circunstâncias das mortes .
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