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Pai que matou dois filhos deve pegar ao menos 30 anos de prisão, acredita promotor

De 30 a 50 anos de prisão. Este é o tempo estimado pelo promotor José Márcio Rossetto Leite para a pena do zootecnista Hugo Imaizumi que dopou e matou os dois

Pai que matou dois filhos deve pegar ao menos 30 anos de prisão, acredita promotor
Pai que matou dois filhos deve pegar ao menos 30 anos de prisão, acredita promotor

Redação Publicado em 29/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h53


De 30 a 50 anos de prisão. Este é o tempo estimado pelo promotor José Márcio Rossetto Leite para a pena do zootecnista Hugo Imaizumi que dopou e matou os dois filhos, de 3 e 4 anos, a facadas em São José do Rio Preto (SP) por causa de ciúmes que tinha da esposa. Hugo tentou se matar também, mas foi socorrido e sobreviveu.

O caso completou um ano no dia 25 de setembro e está aguardando o julgamento do júri popular. O G1 entrou em contato com a mulher do acusado, mas ela não quis falar sobre o assunto. O G1 não localizou o advogado de Hugo.

De acordo com o promotor, o prazo para este tipo de julgamento varia de um a dois anos devido à sua complexidade, por constituir duas etapas e por haver direito de o réu recorrer da decisão. José Márcio informou que não vai se posicionar sobre o caso por uma questão estratégica.

Atualmente, o acusado está na penitenciária Tremembé II, que é de segurança máxima, reservada para casos graves e especiais.

“Se este pai fosse levado para outra penitenciária, não consigo imaginar qual seria o destino dele. Nosso interesse é que ele seja condenado e cumpra a pena que será aplicada”, afirma o promotor em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (28).

Zootecnista Hugo Imaizumi, de 41 anos, está preso em Tremembé (Foto: Reprodução/TV TEM)

Zootecnista Hugo Imaizumi, de 41 anos, está preso em Tremembé (Foto: Reprodução/TV TEM)

Entenda o caso

De acordo com informações do boletim de ocorrência, na madrugada do dia 25 de setembro, a mãe das crianças foi até a Unidade de Pronto Atentimento (UPA) do Jardim Tangará e, desesperada, avisou a um dos guardas municipais que seu marido havia matado os dois filhos a facadas.

Os guardas foram até a casa com a mulher, onde encontraram o homem deitado na cama com as duas crianças. Conforme o registro policial, eles tentaram reanimar as crianças até a chegada do resgate, mas não conseguiram.

“Meus filhos estavam dormindo comigo no meu quarto, porque a gente já dormia separado, eles estavam vendo desenho e eu peguei no sono. Quando acordei, eles não estavam comigo. Senti algo estranho, fui abrir a porta do quarto, estava trancada, ninguém respondia. Dei a volta pelo quintal e abri a janela, aí vi a cena. Ele tirou todos os telefones e não conseguia ligar para ninguém. Corri até a UPA que tinha perto de casa e pedi ajuda”, contou a mãe, Juliana Paes, na época do crime.

Ao lado dos corpos a polícia encontrou uma carta, escrita à mão pelo zootecnista. No bilhete ele expressou decepção por uma suposta traição cometida pela esposa, que nega.

A mãe das crianças mortas disse, em entrevista, que o marido gravou o crime com o celular e mandou as imagens para a família.

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