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Investigação

O que ainda não foi descoberto ou divulgado sobre a queda do helicóptero em SP?

O helicóptero estava desaparecido desde 31 de dezembro, e foi encontrada 12 dias depois

Imagem: reprodução Twitter I @jc_pe
Imagem: reprodução Twitter I @jc_pe

Milleny Ferreira Publicado em 14/01/2024, às 17h42


Na manhã desta sexta-feira (12), foi achado os destroços do helicóptero que estava desaparecido desde o dia 31 de dezembro, em São Paulo, a aeronave foi localizada pela equipe Polícia Militar em uma área de mata em Paraibuna, no Vale do Paraíba.

Haviam quatro pessoas a bordo do helicóptero: o piloto Cassiano Tete Teodoro de 44 anos, o empresário Raphael Torres de  41 anos, a comerciante Luciana Rodzewics de 46, e a filha dela, Letícia com 20 anos, e infelizmente todos vieram a óbito. A aeronave saiu do aeroporto Campo de Marte com destino à Ilhabela, litoral norte de São Paulo.

  • O que provocou o acidente?

Ainda não foi revelado o fator oficial que fez com que o acidente acontecesse, apenas que no dia do voo as condições climáticas no litoral de destino não era das melhores para a visibilidade do piloto, já que tinha muitas nuvens.  

Devido a isso, o piloto até mencionou estar com dificuldades para cruzar a serra e que tentaria fazer de uma maneira diferente: ele iria elevar a aeronave para conseguir passar pela camada de nuvens e assim, conseguir chegar à Ilha. 

De acordo com o portal da CNN Brasil, o chefe do Comando de Aviação da Polícia Militar de SP, coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, afirmou que, contudo,  ainda não é possível esclarecer o que provocou a queda. 

“Ele [o piloto] pode entrar no mau tempo, perder visibilidade e a consciência situacional e desorientar. É comum para quem entra inadvertidamente na área de nuvem”, explica ele.

  • Por que o piloto decolou após pouso de emergência?

Pelas investigações iniciais sobre o acidente, sabemos que o piloto Cassiano Tete Teodoro  precisou fazer um pouso de emergência perto da represa de Paraibuna antes de cair. 

Entretanto, não sabemos o motivo e nem porque ele optou por decolar novamente ainda com as condições climáticas desfavoráveis para eles. Inclusive, familiares e amigos dos passageiros, chegaram a criticar essa decisão do comandante.

Mas, tudo indica que a decolagem foi com intenção de voltar para São Paulo e não concluir a viagem com destino à Ilhabela. 

“Pela sequência de antenas e pelos horários por onde ele passou, é possível chegar à conclusão que o piloto estaria tentando retornar ao aeroporto Campo de Marte, na cidade de São Paulo”, disse o delegado Paulo Sérgio Rios Campos Melo, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil paulista.

Depois de quanto tempo após a segunda decolagem, a aeronave caiu? As autoridades responsáveis prosseguem com a investigação, porém anda não se sabe ao certo qual foi o intervalo entre a segunda decolagem e o acidente, de fato, porém o diretor do Dope,   pela apuração da ocorrência ainda não conseguiram estabelecer o tempo exato que se passou entre a decolagem após o pouso forçado e momento da queda.

Mesmo sem essa certeza, o diretor do Dope certifica que a queda ocorreu minutos depois do pouso, já que a distância entre o local onde o helicóptero foi pousado e a área onde foi encontrado após a queda, é de cerca de 10 quilômetros.

  • O piloto perdeu o controle ou tentou um segundo pouso de emergência?

Também é uma das informações que faltam ser apuradas pela FAB. 

Mas alguns especialistas que observaram os destroços do helicóptero, afirmaram que já dá para ter uma idéia inicial do que de fato aconteceu. 

“Na parte de baixo da imagem, você tem árvores cortadas, ou seja, o helicóptero entrou, provavelmente num grande ângulo e acabou se mobilizando mais lá pra dentro, o que pode indicar ou uma colisão, quando ainda estava em voo, ou uma desorientação”, diz o especialista em segurança de voo Roberto Peterka.

  • As vítimas morreram na hora do acidente?

Essa informação só poderá ser dada com certeza após a perícia finalizar os trabalhos e obter o resultado dos exames necroscópicos.

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