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Violência Sexual

Motorista de app é estuprada por passageiro durante corrida: “Me sentindo um lixo”

Em depoimento, a mulher ficou sob o poder do bandido durante 1 hora

A vítima contou que ainda foi obrigada a deixar o agressor na casa dele - Imagem: Freepik
A vítima contou que ainda foi obrigada a deixar o agressor na casa dele - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 20/11/2022, às 14h30


Uma motorista de aplicativo, de 27 anos, foi vítima de estupro durante corrida na madrugada deste domingo (20), em Campo Grande, Mato Grosso.

O agressor, de aproximadamente 25 anos, foi preso em flagrante e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Em entrevista ao jornal local Campo Grande News, a vítima, cuja identidade não foi revelada por segurança, alegou estar traumatizada com o episódio e está completamente envergonhada. “Estou me sentindo um lixo”, declarou a mulher.

Segundo a jovem, o homem havia solicitado uma corrida e embarcou em frente à uma casa de eventos onde acontecia um baile funk. Durante o percurso, o homem sacou uma arma e ameaçou a motorista, obrigando ela a mudar de rota e seguir o caminho que ele exigiu. A vítima afirmou, em depoimento, que o homem parecia estar sob o efeito de drogas.

“Ele não queria roubar o carro. O que ele queria era me estuprar. Ele falava para eu ter calma e que eu não ia morrer”.

Assim que ela parou o carro no lugar ordenado pelo agressor, ele a atacou e nesse momento sofreu a violência sexual. A mulher ficou sob o poder do bandido durante 1 hora. "Ele disse que ia deixar a arma comigo para eu ficar mais tranquila. Sem ele ver, peguei o revólver e deixei do meu lado", contou.

Após o abuso, a vítima ainda foi obrigada a deixar o agressor no endereço que ele havia informado no começo da corrida. Ao sair do local, ela pediu ajuda para outros motoristas de aplicativo, que acionaram a Polícia Militar (PM). Mais tarde, o homem foi preso em casa, no local onde a vítima tinha o deixado.

Ao ser informada de que o rapaz seria preso, a mãe dele disse aos policiais que não acreditava que o filho havia cometido o crime, pois há 2 anos havia sido vítima do mesmo crime cometido por outra pessoa.

A motorista vai passar por exame sexológico no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e, na sequência, vai para o posto de saúde tomar o coquetel anti-HIV. Durante o crime, a mulher foi agredida e ficou com hematomas pelo corpo. A arma que o bandido portava ficou no carro dela e foi entregue à polícia.

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