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Agressão

Médico é agredido e tem ossos do rosto quebrados após negar pedido contra as regras

O médico, Diego Ferreira Santana, se machucou feio pela brutalidade dos golpes

Médico é agredido com capacete após negar pedido antiético - Imagem: reprodução TV Globo
Médico é agredido com capacete após negar pedido antiético - Imagem: reprodução TV Globo

Vitória Tedeschi Publicado em 19/09/2022, às 19h02


O médico Diego Ferreira Santana, de 30 anos, afirmou que foi agredido pelo pai de um paciente no último domingo (18), em Aragoiânia, na região Metropolitana da capital, após negar um atestado de três dias para o filho do agressor. A prefeitura disse que encaminhou o caso para a Polícia Civil.

Diego disse que estava atendendo um paciente de 17 anos, que teve uma lesão no joelho e chegou à unidade com dor. O rapaz foi medicado, e o profissional deu um atestado de um dia. O pai dele pediu um atestado de três dias, mas o médico negou.

Foi quando ele começou a receber diversos golpes de capacete na cabeça, ficou com um osso do rosto quebrado e um corte na região. Mesmo depois do ataque, o homem teria rondado de moto o hospital onde ocorreu o atendimento.

O paciente saiu sem dor, andando, estava apto para trabalhar no dia seguinte. O pai começou a xingar a todos e eu fui conversar com ele. Nesse momento, ele me deu o golpe com o capacete", disse Diego ao g1.

O médico ainda conta que trabalha na unidade há dois anos, mas que essa foi a primeira vez em sua carreira que sofreu alguma agressão. Agora, ele tem receio de continuar os atendimentos no hospital.

"Ele me deu um golpe com o capacete e eu caí no chão. Eu tive um lapso de consciência e ele veio para cima dando outros golpes. Eu me defendi, mas fiquei atordoado no momento. Meu próximo plantão lá é em duas semanas, mas estou pensando em passar esse plantão", relatou o médico ao G1.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão ao médico e se solidarizou com o profissional. Em nota, a entidade "cobra dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população".

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