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Absurdo!

Justiça decide o que fazer com professor que 'apoiou' ataque a creche em Blumenau

A atitude da polícia acontece após pais e alunos se revoltarem com as afirmações absurdas do profissional

Justiça decide o que fazer com professor que 'apoiou' ataque a creche em Blumenau - Imagem: reprodução Estadão
Justiça decide o que fazer com professor que 'apoiou' ataque a creche em Blumenau - Imagem: reprodução Estadão

Vitória Tedeschi Publicado em 09/04/2023, às 18h29


Após um professor ser filmado apoiando o ataque à creche em Blumenau, ocorrido na última quarta-feira (05), a Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) instaurou um inquérito para apurar sua conduta.

Na ocasião, o docente afirmou em sala de aula que "mataria uns 15, 20", em referência ao ato criminoso praticado por um homem de 25 anos que invadiu a unidade de ensino e assassinou quatro crianças.

Após o absurdo, a Justiça estadual acatou um pedido da polícia, e o professor foi afastado de suas funções e terá de usar tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de se aproximar dos alunos, segundo disse ao GLOBO o delegado Rafaello Ross.

Entrar com dois facões, um em cada mão e 'pá'. Passar correndo e acertando", disse o professor em vídeo gravado por alunos.

O professor será intimado na próxima segunda-feira (10) a prestar depoimento. A PCSC também quer ouvir os relatos da direção escolar e de testemunhas.

A atitude da polícia acontece após pais e alunos pedirem a expulsão do profissional. A Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina informou ainda que vai apurar a conduta do professor.

Uma jovem ouvida pelo portal NSC Total, aluna do primeiro ano do ensino médio, conta que a turma estava conversando sobre a tragédia em Blumenau, quando o professor entrou na conversa e afirmou que "mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande".

Ainda segundo essa jovem, o professor costuma fazer comentários preconceituosos e de ódio em diversas ocasiões. Ela diz que certa vez uma colega confessou estar triste durante uma aula, e o professor teria sugerido que ela retirasse a própria vida para "poupar oxigênio no mundo".

Ele diz que mulher não deve ter os mesmos direitos dos homens. Ele xinga nas aulas. Ninguém gosta das aulas dele, todos ficam desanimados. O que ele ensina é errado", ressalta ela.
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