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Tragédia!

Pai de criança morta em ataque à creche diz perdoar assassino e explica motivo

Em Blumenau (SC), a Creche Cantinho do Bom Pasto foi alvo de um ataque

O pai de Bernardo, Bruno, uma das vítimas, deu um relato depois de descobrir que havia perdido seu filho. - Imagem: reprodução I TV Globo
O pai de Bernardo, Bruno, uma das vítimas, deu um relato depois de descobrir que havia perdido seu filho. - Imagem: reprodução I TV Globo

Juliane Moreti Publicado em 05/04/2023, às 16h13


Nesta quinta-feira (05), a Creche Cantinho do Bom Pastor, de Blumenau (SC), sofreu um ataque que deixou algumas crianças feridas e outras mortas. O pai de Bernardo, Bruno, uma das vítimas, deu um relato depois de descobrir que havia perdido seu filho. 

''A partir de hoje a memória dele vai ser honrada dentro do meu coração, de cada um que está aqui dentro, de todo mundo, quem vive o drama na pele, sabe?'', comentou o pai, durante uma entrevista aos jornalistas ainda no local.

''Como cristão e como militar, vou lutar com todas as forças para continuar no caminho do Senhor e agradeço a Deus por todos os momentos que vivi com meu filho'', acrescentou, com a voz mais trêmula por causa da triste situação.

'' (...) não vou me permitir odiar, porque eu cresci com outros valores que Cristo me ensinou. Dói, só Deus sabe, e os outros pais, essa dor. Eu libero perdão pra vida dessa pessoa que atentou contra a vida do meu filho, porque eu, como cristão, tenho que fazer isso, eu falo de coração'', disse. 

Bruno também contou seus últimos momentos com Bernardo pela manhã, ao chegar na creche. De acordo com o pai, conforme informações da Folha, o garoto estava feliz pela época da Páscoa e, no caso, imitou até um coelho.

''Hoje ele chegou pele creche imitando o coelhinho, ele e o amiguinho dele. É isso. (Vou) fazer valer todos os momentos dele'', comentou Bruno sobre seu filho. 

O ataque

Na manhã desta quinta-feira (05), um agressor invadiu uma creche localizada em Blumenau (SC) com uma machadinha, deixando algumas crianças mortas e outras feridas. Depois do crime, ele se entregou para Batalhão da PM.

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