Jornalistas da Globo e da TNT denunciam vídeos de homem se masturbando

As jornalistas Bárbara Coelho, Lívia Torres, Narayanna Borges e Aline Nastari, receberam nos últimos dias pelas redes sociais, vídeos nos quais um homem aparece se masturbando enquanto assiste as mulheres na televisão.

Nas gravações enviadas, o homem se grava com o órgão sexual ereto com as imagens das jornalistasao fundo.

Os vídeos foram enviados pelo Twitter e pelo Instagram. Ambas as redes sociais bloquearam o perfil denúnciado e excluíram as postagens, mas o assediador segue criando outros perfis.

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Em um trecho de um dos vídeos encaminhados, o homem assistia a reportagem na qual a jornalista Lívia Torres falava sobre abastecimento de água em um bairro do Rio de Janeiro. Nas imagens, o assediador se gravou no banheiro, enquanto se masturbava, e escreveu na legenda "aqui não falta água".

Bárbara Coelho, apresentadora do 'Esporte Espetacular' na Globo, denunciou nesta quarta-feira (19) as mensagens que tem recebido. Uma das mensagens expostas, o homem afirma que não será preso e que faz os vídeos na própria casa.

"Até quem molesta mulheres nas ruas ou estupram não vão presos. Imagina eu por causa de um vídeo dentro da minha própria casa", disse.

Aline Nastari, confirmou ao UOL Esporte que também tem sido vítima do assediador. "O cara tirou uns prints de foto minha malhando com roupa de academia no Instagram, deu zoom e postou com frases absurdas".

"No Instagram, eu recebo [essas fotos] com muita frequência, direto. A minha foto e a foto do cara se masturbando. Eu bloqueio e recebo em outro perfil. No Twitter foi o mesmo cara", contou a repórter.

As quatro jornalistas que tem recebido os vídeos, afirmaram que pretendem se unir para denunciar o caso à polícia. A emissora Globo, afirmou que está investigando as denúncias de suas profissionais.

Pronunciamento do Twitter

Em nota, o Twitter se pronunciou sobre o caso, reforçando que a plataforma tem sido ágil em detectar as violações de regras e que coopera com as autoridades.

"O Twitter já havia tomado medidas por violação às regras em alguns dos Tweets e contas mencionados pela reportagem, mesmo antes de ser procurado para tal. A empresa segue aberta a receber links de conteúdos e contas ainda não acionados, para análise interna, conforme solicitou à reportagem.

A plataforma tem regras para determinar os conteúdos permitidos no serviço, como a política contra comportamento abusivo, que proíbe Tweets que contenham avanços sexuais indesejados e conteúdo que objetifique sexualmente um indivíduo sem o seu consentimento. Também não é permitida a criação de novas contas para "driblar" suspensões permanentes, conforme prevê a política de evasão de banimento. Violações às regras estão sujeitas às medidas cabíveis.

emos sido cada vez mais proativos em detectar potenciais violações às nossas políticas, mas também contamos com a denúncia das pessoas. Denúncias de potenciais violações podem ser feitas no aplicativo do Twitter ou por meio do formulário dedicado, seguindo as instruções da Central de Ajuda.

Em relação à identificação de usuários, casos dessa natureza são matéria do Judiciário e o Twitter coopera com as autoridades competentes, seguindo os devidos processos legais".