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Tragédia

Jogador Willian Arão dá relato impactante sobre luto e devastação após terremoto na Turquia: "Tragédia imensa"

O terremoto da manhã desta segunda-feira (6) também atingiu a Síria

Conforme relatado por testemunhas, o tremor teve duração de mais de um minuto e meio. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas - Imagem: reprodução/Twitter @LuanaBarros1710 e @futebol_info
Conforme relatado por testemunhas, o tremor teve duração de mais de um minuto e meio. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas - Imagem: reprodução/Twitter @LuanaBarros1710 e @futebol_info

Thais Bueno Publicado em 06/02/2023, às 15h36


Na madrugada desta segunda-feira (06), um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sul da Turquia. O tremor, que também afetou a Síria, derrubou prédios e fez com que moradores precisassem correr  para as ruas enquanto tremores secundários eram sentidos em toda a região.

Até o momento, de acordo com informações do G1, o governo turco informou que foram 1548 vítimas; na Síria, foram 928, segundo a agência de notícias Sana. Ao total, já são mais de 2,4 mil pessoas que infelizmente perderam a vida no desastre natural. 

Conforme relatado por testemunhas, o tremor teve duração de mais de um minuto e meio. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto no país foi tão forte quanto o de 1939, que matou mais de 30 mil pessoas. 

O jogador Willian Arão, ex-Flamengo, que atualmente joga no Fenerbahçe e mora em Istambul, capital da Turquia, comentou sobre o clima no qual se encontra o país em depoimento para a GloboNews. O atleta deu um forte relato sobre a devastação, o luto e o medo dos moradores da região.

"Os turcos e nós também estamos recebendo [a situação] de uma forma devastadora porque é uma tragédia sem precedente. Eles são muito patriotas. Estão todos mobilizados para tentar ajudar para tentar prestar serviço de alguma forma. Companheiros nossos de trabalho estão soterrados, suas famílias também, então é uma tragédia imensa".

"Infelizmente o clima também não tem ajudado, porque em algumas partes ainda há neve, tem muito frio, então isso também dificulta um pouco, mas é um clima de luto mesmo, muita tristeza", afirmou o volante.

Willian Arão também revelou que, quando ficou sabendo do terremoto, estava na concentração para um jogo de sua equipe que aconteceria na noite desta segunda-feira (6). O local onde o jogador estava fica a cerca de 1400 quilômetros do epicentro da principal tragédia.

"Eu não senti, a gente não sentiu o tremor aqui em Istambul. Depois de saber, tranquilizei a família, perguntei como a minha família aqui em Istambul estava, porque, como a gente tinha jogo, eu estava concentrado. Depois também falei com os meus irmãos, falei com o meu pai, dizendo que estava tudo bem. Mas a gente jogou nessa cidade, em Gaziantep há semanas, e provavelmente muitas dessas pessoas estavam no estádio também".

"Os próprios jogadores que têm amigos, alguns trabalhadores do nosso time, os funcionários, todos eles têm amigos de algumas partes desses lugares [atingidos]. Então, você vê apreensão neles e sente a dor deles, porque pode acontecer com qualquer um. É muito triste. Você vê crianças, você vê gente de todas as idades. E, como eu disse, tem ainda a questão do frio também que em algumas partes estão com -2, -3, sensação de -5°C", desabafou.

O paulistano, com passagens por Corinthians e Flamengo, também afirmou que alguns moradores da região estão se juntando para ajudar as autoridades nas buscas pelos indivíduos soterrados nas áreas que foram atingidas.

"Tem muita gente se mobilizando, já tem muita gente saindo propriamente de Istambul, que é propriamente onde eu vivo, indo pra lá [área mais afetada], ajudando, todo mundo de alguma forma tentando ajudar. Eu consegui ver o pessoal do clube tentando bolar uma estratégia pra ver como nós, jogadores e o próprio clube, poderíamos ajudar de alguma forma".

"O que eu posso fazer nesse momento é orar pra essas famílias, orar pra que eles consigam resgatar o maior número de pessoas possível, porque é devastador mesmo", finalizou.

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