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Crime

Feminicídio: Policial militar mata e depois simula suicídio da companheira

As investigações apontam que o suspeito ainda foi a festas após cometer o crime

Feminicídio: Policial militar mata e simula suicídio da companheira - Imagem: reprodução Pixaby
Feminicídio: Policial militar mata e simula suicídio da companheira - Imagem: reprodução Pixaby

Vitória Tedeschi Publicado em 28/11/2022, às 18h44


Na manhã do último sábado (26), um soldado da Brigada Militar (BM) de Guaíba, que não teve o nome e a idade divulgados pela Polícia Civil, foi preso em flagrante pelo feminicídio de Mariana Canofe Marques, de 21 anos, sua companheira.

Ela foi encontrada morta na sua própria casa, na Rua Cinco, bairro Cohab, em Guaíba. Além disso, indícios ainda apontaram que ele tentou simular o suicídio da vítima.

"Ele fez parecer que ela havia se enforcado num fio de luz, mas ela tinha uma lesão na cabeça incompatível com a história. Havia marcas no pescoço que sugerem asfixia por esganadura, não por fio de luz como se contou. Ele disse ainda que tinha arrombado a janela para entrar na casa e socorrê-la, mas a mesma janela não tinha dano nenhum. Estimamos que a morte tenha ocorrido por volta das 2h30min de sábado", contou a delegada Karoline Callegari, titular da DP de Guaíba, ao Jornal NH.

De acordo com a ocorrência registrada, uma guarnição da BM fazia patrulhamento de rotina no bairro quando, por volta das 9h, notou duas ambulâncias em frente à casa onde Mariana e o PM moravam.

Ao questionar se precisavam de apoio, os brigadianos foram informados de que se tratava de um enforcamento. Em seguida, o local foi isolado e foi chamada a Polícia Civil, que encontrou indícios que não batiam com esse relato.

Segundo o registro do caso, há ocorrências por lesão corporal entre a vítima e o PM preso. Também há caso de vias de fato e perseguição nas quais Mariana é vítima. Ela também já teve medida protetiva de urgência decretada contra o companheiro, mas que não estava em vigência atualmente.

O policial militar está preso sob custódia da BM. Agora, segundo a delegada, se espera a manifestação da Justiça sobre a manutenção ou não da prisão em flagrante.

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