Os familiares do motorista baleado por um policial militar em Bauru (SP) após uma briga de trânsito no dia 24 de outubro realizaram na manhã desta terça-feira
Redação Publicado em 07/11/2017, às 00h00 - Atualizado às 15h00
Os familiares do motorista baleado por um policial militar em Bauru (SP)após uma briga de trânsito no dia 24 de outubro realizaram na manhã desta terça-feira (7) uma carreata para protestar contra a ação do PM e pedir Justiça.
Com faixas eles se reuniram por volta das 7 horas na quadra 2 das Nações Norte e saíram em carreata pelas ruas de Bauru, empresários do setor de guinchos participaram do protesto, que foi pacífico, apesar do desentendimento entre os organizadores e a Polícia Militar, que não havia sido informada do protesto.
Os amigos e familiares de Noberto Pagoto alegam que o policial atirou pelas costas e não deu chance da vítima se defender. Já o PM alega que atirou em legítima defesa e que a vítima teria atingido o carro que ele dirigia e descido do veículo apontando a arma para o policial, que estava com a esposa e a filha de 2 meses.
Em nota, a defesa do policial informou que ele agiu em legítima defesa, uma vez que estava com a família no carro e que atirou no intuito de mobilizar o motorista que teria descido do carro armado. Informou também que nenhum dos disparos foi pelas costas, o que, segundo a nota da defesa, pode ser comprovado pelo boletim de ocorrência.
A nota informa ainda que a defesa do PM irá tomar providência em relação aos comentários e acusações que estão circulando nas redes sociais sobre o caso.
A esposa de Noberto, que estava no carro com ele, deu outra versão. Segundo o boletim de ocorrência registrado no dia da confusão, a mulher alegou que o marido estava armado e nervoso porque soube que um dos imóveis da família, que está para alugar, tinha sido invadido por ladrões.
A confusão aconteceu na Rua Alto Acre no Jardim Bela Vista e chamou a atenção dos vizinhos, que ouviram os tiros e acompanharam o socorro da vítima.
A Polícia Civil investiga o caso, as armas do PM e de Noberto foram apreendidas para passar por perícia. A Polícia Militar também abriu uma sindicância para apurar a conduta do policial, que estava de folga. Ele continua trabalhando normalmente.
Ainda de acordo com as investigações, Noberto tinha autorização apenas para posse da arma, ou seja, não poderia andar armado. Ele foi atingido por três tiros e permanece internado na UTI em coma induzido, segundo informações da família.
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