Pessoas que o acompanhavam contaram como o assassinato aconteceu
Juliane Moreti Publicado em 18/01/2023, às 15h12
Na Uganda, um africano e pais de 2 filhos, adepto ao cristianismo, foi morto por muçulmanos radicais quando voltava para casa depois de um debate sobre religião.
O religioso estava na parte leste do país e conseguiu ganhar pessoas para Jesus, o que gerou revolta entre os que assistiam.
Identificado como Ahamada Mafabi, tinha 37 anos e decidiu participar de uma reunião em que o assunto era cristão-muçulmano. Por isso, pegou sua Biblía e foi para a cidade de Mbale, acompanhado por seu pastor e outros membros da congregação que fazia parte.
A conversa aconteceu e também rendeu. Ahamada foi com a missão de apresentar Jesus e seus ensinamentos de forma pacífica. ''Os muçulmanos (alguns) responderam abertamente ao receber a Cristo'', contou o pastor, não identificado por segurança. No total, 13 pessoas decidiram abandonar tudo e seguir o cristianismo por causa das palavras de Ahamada.
Porém, ainda no detabe público, outros religiosos mais radicais demonstravam estar insatisfeitos com a conversão de muçulmanos. ''Houve gritos de muçulmanos exigindo que Ahamada Mafabi deixasse o local da reunião'', acrescentou o pastor, falando que o homem foi acusado de blasfêmia.
Mesmo assim, o encontro teve início, meio e fim, sendo composto apenas violências verbais. Na volta para casa, Ahamad foi em uma motocicleta com outros companheiros, por volta de 22h da noite. Eles, inclusive, foram as pessoas que contaram sobre o ataque, segundo o site Morning Star News.
Sendo cercados por muçulmanos no caminho, perceberam que era uma tentativa de assassinato. Os companheiros de Ahamada fugiram, mas ele foi pego pelos radicais. ''Os agressores o dominaram e cortaram seu pescoço com uma longa faca'', relatou sobre a morte.
O pastor comentou sobre outras perseguições e, por essa, fez uma denúncia. ''Tenho alguns medos, mas isso faz parte da guerra espiritural que vem com a perseguição cristã, e estou pronto para enfrentá-la'', contou o religioso.
As pessoas que congregavam com Ahamad, de 37 anos, falaram sobre a vida dele no cristianismo. Teve início em 2020, quando ele deixou o Islã para colocar a sua fé em Cristo. Inicialmente, para protegê-lo, o pastor até o hospedou longe de outros islâmicos radicais até que a igreja trocasse de lugar e ele correse menos risco.
Depois da mudança e dos estudos profundos feitos por Ahamad, em meados de 2021, ele estava disposto a ajudar o pastor nos debates públicos entre cristãos e muçulmanos, em que mais de 100 pessoas quiseram aceitar Jesus.
Os encontros, por parte dos cristãos, aconteciam de forma pacífica. Porém, como relatou o pastor, os dois sofriam forte perseguição, tentativas de assassinato, espacamento e mensagens perturbadoras para que não continuassem com as missões. Em uma dos ataques, a vida de Ahamad Mafabi foi tirada.
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